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Biden diz que sistema bancário dos EUA é "seguro" em meio a quebra do SVB

O presidente americano afirmou nesta segunda-feira que clientes do banco serão protegidos; quebra do Silicon Valley Bank levantou risco de impacto no sistema financeiro global

Biden: sistema bancário americano é "seguro" (AFP/AFP Photo)

Biden: sistema bancário americano é "seguro" (AFP/AFP Photo)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 13 de março de 2023 às 11h07.

Última atualização em 13 de março de 2023 às 11h56.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta segunda-feira, 13, que o sistema bancário estadunidense é "seguro", em meio aos desdobramentos da falência do Silicon Valley Bank (SVB).

A declaração de Biden veio em fala na Casa Branca antes de viagem à Califórnia que estava agendada para hoje. Biden também destacou a "rápida ação" de autoridades locais para lidar com o caso tanto no SVB quanto no Signature Bank.

Biden elogiou o trabalho de reguladores para assumir o controle dos bancos, bem como medidas imediatas do Tesouro. "Todos os clientes com depósitos nesses bancos podem ter certeza de que serão protegidos e terão acesso a seu dinheiro já hoje", disse Biden.

O presidente afirmou que os americanos "podem ter confiança de que o sistema bancário é seguro". A quebra Silicon Valley Bank, banco americano que fornecia crédito ao segmento de startups, acendeu uma luz vermelha no mercado desde a semana passada (entenda aqui).

Biden acrescentou que os contribuintes não arcarão com os prejuízos, mas o dinheiro virá das taxas pagas pelos bancos para o fundo de seguro dos depósitos. Biden disse ainda que o comando do banco "será demitido" e que os investidores "não serão protegidos".

"Eles sabidamente tomaram um risco, e se esse risco não compensou investidores perdem dinheiro, é assim que o capitalismo funciona", disse Biden sobre investidores.

Janet Yellen, secretária do Tesouro americano, já havia afirmado no domingo, 12, que, para ela, não há risco de contágio nas operações de outros bancos. A secretária enfatizou ainda que a situação é bem diferente da crise financeira de quase 15 anos atrás, que levou a resgates bancários para proteger o setor.

“O sistema bancário americano é realmente seguro e bem capitalizado. É resiliente”, disse. Yellen afirmou que o governo americano não planeja resgatar o SVB.

Responsáveis pelo caso SVB serão punidos, diz Biden

Biden disse que o governo pretende apurar como os problemas ocorreram, para punir eventuais responsáveis e evitar novos episódios do tipo. O mandatário comentou que o governo anterior (do ex-presidente Donald Trump, rival político do grupo de Biden) recuou em algumas regulações, o que a Presidência deseja agora reverter.

Biden disse que, ao saber do problema nos bancos, instruiu sua equipe a lidar com o problema e disse que a resposta veio já na sexta-feira. O presidente elogiou o trabalho de reguladores para assumir o controle dos bancos, bem como medidas imediatas do Tesouro.

O caso do Silicon Valley Bank

O caso começou sobretudo na quarta-feira à noite, quando o SVB anunciou que pretendia levantar US$ 2,25 bilhões. O capital extra ajudaria a instituição a lidar com a queima de caixa acelerada de seus clientes em meio a um ambiente de juros altos.

O anúncio, porém, causou pânico entre os investidores e desembocou em uma crise de liquidez com clientes retirando os recursos do SVB. Na bolsa, as ações desabaram 87% entre quinta-feira e sexta-feira.

O SVB chegou a ser fechado na sexta-feira, e reabriu nesta segunda-feira, 13, sob o controle do recém-criado Deposit Insurance National Bank of Santa Clara.

Fundado em 1983 na Califórnia, o Silicon Valley Bank fornece crédito para startups. Segundo o SVB, o banco forneceu crédito para 44% das startups de tecnologia e heath techs listadas na bolsa americana no último ano. Além dos Estados Unidos, o SVB tem ação global, em países como Alemanha, Canadá, China, Dinamarca, Índia, Israel, Reino Unido e Suécia.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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