Berlusconi diz se sentir como Mussolini
O ditador fascista confessou à amante em uma carta que só servia para dar sugestões e não para aprovar leis
Da Redação
Publicado em 9 de novembro de 2011 às 11h00.
Roma - O chefe de governo italiano , Silvio Berlusconi, afirmou nesta quarta-feira que se sente como o ditador fascista Benito Mussolini, que em uma carta confessou à amante que só servia para dar sugestões e não para aprovar leis.
"Tenho mais poder como cidadão livre do que como chefe de governo. Estava lendo um livro sobre as cartas de Mussolini a Claretta (Clara Petacci). E, em um momento, ele escreveu: 'Você não entende que eu não conto para mais nada? Eu só posso dar sugestões'. Eu me sinto na mesma situação", confessou Berlusconi em uma entrevista ao jornal La Stampa, concedida depois de anunciar na terça-feira que pretende renunciar ao cargo.
Questionado sobre as diferenças com a ditadura fascista, o primeiro-ministro respondeu: "Claro que não sou um ditador, apesar de vocês terem escrito isto por anos. O que percebo é que os pais da Constituição, que temiam a repetição da história, debilitaram excessivamente o Executivo".
"Pergunto-me ainda se é possível que o chefe de Governo não possa exigir ao ministro da Economia que aplique a política econômica na qual acredita", afirmou, ao destacar as fortes divergências internas em seu gabinete.
O premier italiano se rendeu na terça-feira e anunciou que renunciará ao cargo assim que o Parlamento aprovar as medidas econômicas prometidas à União Europeia (UE), com o objetivo de salvar a Itália do contágio da crise.
Roma - O chefe de governo italiano , Silvio Berlusconi, afirmou nesta quarta-feira que se sente como o ditador fascista Benito Mussolini, que em uma carta confessou à amante que só servia para dar sugestões e não para aprovar leis.
"Tenho mais poder como cidadão livre do que como chefe de governo. Estava lendo um livro sobre as cartas de Mussolini a Claretta (Clara Petacci). E, em um momento, ele escreveu: 'Você não entende que eu não conto para mais nada? Eu só posso dar sugestões'. Eu me sinto na mesma situação", confessou Berlusconi em uma entrevista ao jornal La Stampa, concedida depois de anunciar na terça-feira que pretende renunciar ao cargo.
Questionado sobre as diferenças com a ditadura fascista, o primeiro-ministro respondeu: "Claro que não sou um ditador, apesar de vocês terem escrito isto por anos. O que percebo é que os pais da Constituição, que temiam a repetição da história, debilitaram excessivamente o Executivo".
"Pergunto-me ainda se é possível que o chefe de Governo não possa exigir ao ministro da Economia que aplique a política econômica na qual acredita", afirmou, ao destacar as fortes divergências internas em seu gabinete.
O premier italiano se rendeu na terça-feira e anunciou que renunciará ao cargo assim que o Parlamento aprovar as medidas econômicas prometidas à União Europeia (UE), com o objetivo de salvar a Itália do contágio da crise.