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Berlusconi ataca 5 Estrelas e pede governo italiano com centro-esquerda

Falta de acordo entre partidos tem dificultado formação do novo governo do país após eleições

Berlusconi: aliados do ex-primeiro-ministro, conquistaram a maioria dos assentos na eleição nacional, e o 5 Estrelas emergiu como o maior partido (Tony Gentile/Reuters)

Berlusconi: aliados do ex-primeiro-ministro, conquistaram a maioria dos assentos na eleição nacional, e o 5 Estrelas emergiu como o maior partido (Tony Gentile/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de abril de 2018 às 17h57.

Última atualização em 23 de abril de 2018 às 15h04.

O ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi classificou nesta sexta-feira o Movimento 5 Estrelas como um perigo para a Itália, anulando qualquer resquício de chance de uma coalizão entre seu bloco de direita e o partido anti-establishment.

Berlusconi e seus aliados, incluindo a sigla de extrema-direita Liga, conquistaram a maioria dos assentos na eleição nacional do mês passado, e o 5 Estrelas emergiu como o maior partido.

Mas nenhum dos lados obteve uma maioria absoluta no Parlamento, e os esforços do presidente italiano, Sergio Mattarella, para montar um novo governo obtiveram pouco progresso, já que os diversos obstáculos impostos por vários partidos tornaram sua tarefa quase impossível.

As iniciativas mais recentes feitas nesta semana para superar o impasse não pareceram avançar, e o gabinete de Mattarella disse que o chefe de Estado estudará a situação durante o final de semana antes de decidir o que fazer a seguir.

O 5 Estrelas, que promete uma cruzada contra a corrupção generalizada, se disse disposto a somar forças com a Liga, mas não com Berlusconi, cuja carreira política longa foi eclipsada por escândalos sexuais e de corrupção.

No início desta semana o magnata de mídia Berlusconi disse que não teria problemas para trabalhar com o 5 Estrelas, mas nesta sexta-feira criticou raivosamente o partido antissistema e exortou seus aliados a reconsiderarem sua recusa de buscar um pacto com a centro-esquerda derrotada.

"O 5 Estrelas é um perigo para o país. Não é um partido democrático, é um partido para os desempregados", disse ele durante uma visita a Molise, região do sul que está realizando eleições locais neste final de semana.

"Em minha empresa, eu os contrataria para esfregar as privadas", acrescentou.

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