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Bélgica busca suspeitos e Bruxelas continua em alerta máximo

Ruas de Bruxelas estão tomadas por forças de segurança por temor de atentado similar ao de Paris

Ruas de Bruxelas estão tomadas por forças de segurança por temor de atentado similar ao de Paris (REUTERS/Yves Herman)
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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2015 às 13h32.

A Bélgica decide neste domingo se mantém seu alerta terrorista em Bruxelas, uma cidade quase morta por temores de uma réplica dos atentados de Paris e com as ruas tomadas por forças de segurança em busca dos "vários suspeitos".

No domingo, além do metrô paralisado, as praças e os mercados estavam vazios. Museus e salas de espetáculo fecharam suas portas.

"Um grupo de 140 pessoas pediu ontem o cancelamento de um jantar. O mercado natalino (que começaria na sexta-feira) também será cancelado", lamenta o garçom do "Roy d'Espagne", uma cervejaria muito conhecida da Grand Place de Bruxelas.

O ministro belga do Interior, Jan Jambon, teve que justificar a inédita decisão de fechar todas as estações de metrô da cidade, o comércio, os estabelecimentos culturais, assim como o cancelamento de shows e competições esportivas.

"Há vários suspeitos", afirmou no sábado à noite è televisão belga. "Não faz sentido esconder isso: há uma ameaça real, mas estamos fazendo todo o possível, dia e noite, para enfrentá-la", esclareceu Jambon.

A decisão de paralisar desde o sábado a região de Bruxelas, com seus 19 municípios, foi adotada devido a um "risco de atentado similar ao de Paris", segundo o primeiro ministro belga, com "ruas comerciais, eventos, lugares públicos e transportes" como potenciais objetivos.

Nova avaliação

Uma nova avaliação da situação será feita neste domingo à tarde, antes de o Conselho Nacional de Segurança ser celebrado, com o primeiro-ministro belga.

Será decidido se as linhas de metrô, fechadas desde sábado, serão reabertas e se colégios, longas e estabelecimentos culturais funcionarão.

As forças de segurança procuram vários suspeitos, mas em particular Salah Abdeslam, que teve pelo menos um papel logístico nos atentados de Paris, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI).

O suspeito, chamado de "inimigo público número um", continua foragido, nove dias após os atentados na capital francesa, que deixou 130 mortos. Teria fugido para a Bélgica, segundo dois homens que garantem tê-lo ajudado.

Segundo a advogada de um deles, durante o trajeto, Salah Abdeslam parecia "muito nervoso" e "talvez disposto a se explodir".

Mas, segundo seu irmão, Mohammed Abdeslam, "Salah é muito inteligente". "Acho que no último momento decidiu voltar atrás", disse em entrevista à televisão belga.

Outro dos irmãos Abdeslam, Brahim, se explodiu em um restaurante parisiense no dia 13 de novembro.

Avião turco desviado para o Canadá

O medo de mais ataques continua. Na madrugada de domingo, um avião da companhia turca Turkish Airlines que voava com 256 pessoas a bordo entre Nova York e Istambul foi desviado para o Canadá devido a uma ameaça de bomba.

Na terça-feira, outros dois voos da Air France foram desviados após decolarem dos Estados Unidos devido a falsas ameaças anônimas de bomba.

O presidente americano Barack Obama reafirmou neste domingo que estará presente na cúpula sobre o clima de Paris, que começa no dia 30 de novembro e pediu aos demais líderes mundiais que façam o mesmo, a fim de mostrarem aos terroristas que não têm medo.

A conferência sobre o clima reunirá a partir de 30 de novembro em Paris 140 chefes de Estado e de governo do mundo todo.

No plano diplomático, o presidente francês François Hollande está em campanha para convencer as grandes potências a participarem do combate da França para "destruir" o EI na Síria.

Hollande se reunirá na segunda-feira com o primeiro-ministro britânico David Cameron, na terça-feira em Washington com Obama, na quarta-feira em Paris com a chanceler alemã Angela Merkel, e depois com o presidente russo Vladimir Putin na quinta-feira em Moscou.

Nessa semana uma França ainda traumatizada prestará homenagem a seus mortos. Os primeiros enterros acontecerão na segunda-feira, após autópsias. Na sexta-feira haverá uma cerimônia de homenagem nacional.

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A Bélgica decide neste domingo se mantém seu alerta terrorista em Bruxelas, uma cidade quase morta por temores de uma réplica dos atentados de Paris e com as ruas tomadas por forças de segurança em busca dos "vários suspeitos".

No domingo, além do metrô paralisado, as praças e os mercados estavam vazios. Museus e salas de espetáculo fecharam suas portas.

"Um grupo de 140 pessoas pediu ontem o cancelamento de um jantar. O mercado natalino (que começaria na sexta-feira) também será cancelado", lamenta o garçom do "Roy d'Espagne", uma cervejaria muito conhecida da Grand Place de Bruxelas.

O ministro belga do Interior, Jan Jambon, teve que justificar a inédita decisão de fechar todas as estações de metrô da cidade, o comércio, os estabelecimentos culturais, assim como o cancelamento de shows e competições esportivas.

"Há vários suspeitos", afirmou no sábado à noite è televisão belga. "Não faz sentido esconder isso: há uma ameaça real, mas estamos fazendo todo o possível, dia e noite, para enfrentá-la", esclareceu Jambon.

A decisão de paralisar desde o sábado a região de Bruxelas, com seus 19 municípios, foi adotada devido a um "risco de atentado similar ao de Paris", segundo o primeiro ministro belga, com "ruas comerciais, eventos, lugares públicos e transportes" como potenciais objetivos.

Nova avaliação

Uma nova avaliação da situação será feita neste domingo à tarde, antes de o Conselho Nacional de Segurança ser celebrado, com o primeiro-ministro belga.

Será decidido se as linhas de metrô, fechadas desde sábado, serão reabertas e se colégios, longas e estabelecimentos culturais funcionarão.

As forças de segurança procuram vários suspeitos, mas em particular Salah Abdeslam, que teve pelo menos um papel logístico nos atentados de Paris, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI).

O suspeito, chamado de "inimigo público número um", continua foragido, nove dias após os atentados na capital francesa, que deixou 130 mortos. Teria fugido para a Bélgica, segundo dois homens que garantem tê-lo ajudado.

Segundo a advogada de um deles, durante o trajeto, Salah Abdeslam parecia "muito nervoso" e "talvez disposto a se explodir".

Mas, segundo seu irmão, Mohammed Abdeslam, "Salah é muito inteligente". "Acho que no último momento decidiu voltar atrás", disse em entrevista à televisão belga.

Outro dos irmãos Abdeslam, Brahim, se explodiu em um restaurante parisiense no dia 13 de novembro.

Avião turco desviado para o Canadá

O medo de mais ataques continua. Na madrugada de domingo, um avião da companhia turca Turkish Airlines que voava com 256 pessoas a bordo entre Nova York e Istambul foi desviado para o Canadá devido a uma ameaça de bomba.

Na terça-feira, outros dois voos da Air France foram desviados após decolarem dos Estados Unidos devido a falsas ameaças anônimas de bomba.

O presidente americano Barack Obama reafirmou neste domingo que estará presente na cúpula sobre o clima de Paris, que começa no dia 30 de novembro e pediu aos demais líderes mundiais que façam o mesmo, a fim de mostrarem aos terroristas que não têm medo.

A conferência sobre o clima reunirá a partir de 30 de novembro em Paris 140 chefes de Estado e de governo do mundo todo.

No plano diplomático, o presidente francês François Hollande está em campanha para convencer as grandes potências a participarem do combate da França para "destruir" o EI na Síria.

Hollande se reunirá na segunda-feira com o primeiro-ministro britânico David Cameron, na terça-feira em Washington com Obama, na quarta-feira em Paris com a chanceler alemã Angela Merkel, e depois com o presidente russo Vladimir Putin na quinta-feira em Moscou.

Nessa semana uma França ainda traumatizada prestará homenagem a seus mortos. Os primeiros enterros acontecerão na segunda-feira, após autópsias. Na sexta-feira haverá uma cerimônia de homenagem nacional.

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