Agência de notícias
Publicado em 16 de dezembro de 2024 às 10h17.
Última atualização em 16 de dezembro de 2024 às 10h21.
O ditador deposto da Síria, Bashar al-Assad, afirmou nesta segunda-feira, 15, que não fugiu do país "de forma premeditada", em seu primeiro pronunciamento oficial desde a tomada da capital síria pelos rebeldes do Hayet Tahrir al-Sham (HTS). A declaração atribuída a Assad, publicada por meio do canal do Telegram da Presidência síria, também descreve as últimas horas da ditadura que governou o país por mais de 50 anos.
"Primeiro, minha partida da Síria não foi planejada nem ocorreu durante as horas finais das batalhas, como alguns alegaram. Pelo contrário, permaneci em Damasco, cumprindo minhas funções até as primeiras horas de domingo, 8 de dezembro de 2024", afirmou o ditador. "À medida que as forças terroristas se infiltravam em Damasco, mudei-me para Latakia em coordenação com nossos aliados russos para supervisionar as operações de combate. Ao chegar à base aérea de Khmeimim naquela manhã, ficou claro que nossas forças haviam se retirado completamente de todas as linhas de batalha e que as últimas posições do Exército haviam caído".
Assad também descreveu que a base militar russa sofreu ataques de drones enquanto ele esteve no local, e que sua retirada do país contou com a participação direta de Moscou, que teria solicitado sua transferência para a capital russa na noite de domingo.
"Em nenhum momento durante esses eventos eu considerei renunciar ou buscar refúgio, nem tal proposta foi feita por qualquer indivíduo ou parte. O único curso de ação era continuar lutando contra o ataque terrorista", acrescentou o ditador.
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