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Baixa do gás e crédito à Ucrânia é interessante, diz Putin

Presidente russo, Vladimir Putin declarou que a Rússia tomou a decisão de diminuir o preço do gás e conceder crédito à Ucrânia por interesses

O presidente russo, Vladimir Putin (d), com o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich: trata-se de "uma decisão política, comercial, mas também pragmática", afirmou (Sergei Karpukhin/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2013 às 10h23.

Moscou - O presidente russo, Vladimir Putin , declarou nesta quinta-feira que a Rússia tomou a decisão de diminuir o preço do gás e conceder um crédito de US$ 15 bilhões à Ucrânia pela "difícil situação" que o país atravessa, mas também a partir dos interesses de Moscou.

"Se dizemos com frequência que a Ucrânia é nosso país irmão, devemos agir como parentes próximos", disse Putin em entrevista coletiva.

O presidente disse que ajudar a Kiev não tem relação com os protestos opositores que se desenvolvem nesse país pela rejeição do governo a assinar um Acordo de Associação com a UE, nem com suas negociações com os 28 da União Europeia.

Trata-se de "uma decisão política, comercial, mas também pragmática", afirmou, em sua entrevista coletiva anual, perante mais de 1.300 jornalistas.

Putin também disse que Moscou não se opõe a um Acordo de Associação entre a Ucrânia e a UE, mas deve proteger seu mercado, e por isso ajudar ao país vizinho também é interesse da Rússia.

O líder russo ressaltou que o rebaixamento em um terço no preço do gás à Ucrânia não significa que o anterior contrato, assinado com o governo da agora presa ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko não tivesse justificado economicamente.


"Eu considero que esse contrato estava absolutamente fundamentado do ponto de vista econômico, e a fórmula para criar o preço era a mesma que para outros clientes na Europa", assinalou Putin.

"Não devem imaginar mais nada. O contrato não tinha como objetivo estrangular ninguém", acrescentou.

Mas Putin explicou que a companhia estatal russa Gazprom precisou conceder diversos adiamentos no pagamento do gás, e por isso compreenderam que "a Ucrânia tinha dificuldades" e não fazia sentido não diminuí-lo.

Ontem, um dia após se reunir em Moscou com o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, Putin anunciou um rebaixamento de mais de um terço do preço do gás que a Rússia exporta a esse país e o investimento de US$ 15 bilhões em bônus ucranianos.

Putin assinalou que a partir de agora Ucrânia pagará US$ 268,5 por cada mil metros cúbicos, o que representa uma baixa de mais de 30%.

Até agora, a Ucrânia, que tinha pedido uma revisão de um contrato que considerava oneroso para sua economia, pagava mais de US$ 400 por cada mil metros cúbicos do gás, quantia que os endividados cofres do Estado ucraniano não poderiam bancar.

O acordo foi assinado por representantes do consórcio russo Gazprom e a companhia estatal ucraniana Naftogaz.

A queda do preço do gás e os US$ 15 bilhões são uma tábua de salvação para a economia ucraniana, à beira da quebra como indicam suas reservas de divisas, no ponto mais baixo dos últimos sete anos.

Além disso, os dois países assinaram um plano de ação para o pleno restabelecimento de suas relações comerciais, enquanto a oposição ucraniana continua em Kiev seus protestos contra a suspensão da associação com a União Europeia.

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Moscou - O presidente russo, Vladimir Putin , declarou nesta quinta-feira que a Rússia tomou a decisão de diminuir o preço do gás e conceder um crédito de US$ 15 bilhões à Ucrânia pela "difícil situação" que o país atravessa, mas também a partir dos interesses de Moscou.

"Se dizemos com frequência que a Ucrânia é nosso país irmão, devemos agir como parentes próximos", disse Putin em entrevista coletiva.

O presidente disse que ajudar a Kiev não tem relação com os protestos opositores que se desenvolvem nesse país pela rejeição do governo a assinar um Acordo de Associação com a UE, nem com suas negociações com os 28 da União Europeia.

Trata-se de "uma decisão política, comercial, mas também pragmática", afirmou, em sua entrevista coletiva anual, perante mais de 1.300 jornalistas.

Putin também disse que Moscou não se opõe a um Acordo de Associação entre a Ucrânia e a UE, mas deve proteger seu mercado, e por isso ajudar ao país vizinho também é interesse da Rússia.

O líder russo ressaltou que o rebaixamento em um terço no preço do gás à Ucrânia não significa que o anterior contrato, assinado com o governo da agora presa ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko não tivesse justificado economicamente.


"Eu considero que esse contrato estava absolutamente fundamentado do ponto de vista econômico, e a fórmula para criar o preço era a mesma que para outros clientes na Europa", assinalou Putin.

"Não devem imaginar mais nada. O contrato não tinha como objetivo estrangular ninguém", acrescentou.

Mas Putin explicou que a companhia estatal russa Gazprom precisou conceder diversos adiamentos no pagamento do gás, e por isso compreenderam que "a Ucrânia tinha dificuldades" e não fazia sentido não diminuí-lo.

Ontem, um dia após se reunir em Moscou com o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, Putin anunciou um rebaixamento de mais de um terço do preço do gás que a Rússia exporta a esse país e o investimento de US$ 15 bilhões em bônus ucranianos.

Putin assinalou que a partir de agora Ucrânia pagará US$ 268,5 por cada mil metros cúbicos, o que representa uma baixa de mais de 30%.

Até agora, a Ucrânia, que tinha pedido uma revisão de um contrato que considerava oneroso para sua economia, pagava mais de US$ 400 por cada mil metros cúbicos do gás, quantia que os endividados cofres do Estado ucraniano não poderiam bancar.

O acordo foi assinado por representantes do consórcio russo Gazprom e a companhia estatal ucraniana Naftogaz.

A queda do preço do gás e os US$ 15 bilhões são uma tábua de salvação para a economia ucraniana, à beira da quebra como indicam suas reservas de divisas, no ponto mais baixo dos últimos sete anos.

Além disso, os dois países assinaram um plano de ação para o pleno restabelecimento de suas relações comerciais, enquanto a oposição ucraniana continua em Kiev seus protestos contra a suspensão da associação com a União Europeia.

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