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Aznar pede antecipação das eleições

Ex-presidente afirma que atual governo colocou o país numa situação-limite

Sem prestígio: Aznar pede novas eleições para recuperar posição da Espanha na Europa (.)
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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2010 às 17h12.

Lorca - O ex-presidente do Governo espanhol José María Aznar advertiu hoje que o país atravessa uma "situação limite" e "a hora mais crítica" nos últimos 60 anos, por isso ressaltou a necessidade de convocar eleições antecipadas para não prolongar "a agonia desta nação".

Aznar participou neste sábado de um ato convocado pelas Novas Gerações do conservador Partido Popular (PP).

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Em seu discurso, o ex-chefe do Executivo (1996-2004) disse que "o tempo deste Governo está terminado e a cada dia que passe sem que os espanhóis possam expressar sua opinião claramente e apostar em uma mudança em eleições gerais esta se prolongando inutilmente a agonia do país".

O presidente de honra do PP opinou que o Executivo socialista é "a expressão de um fracasso total, sem paliativos", e que o país "não pode seguir nas mãos da irrelevância, da incompetência e da insolvência que neste momento se reuniu, de maneira escandalosa, no Conselho de Ministros".

Para Aznar, o Governo de José Luis Rodríguez Zapatero "terminou com tudo e levou o país à crise mais grave dos últimos 60 anos", após o que acusou o chefe do Executivo de "encher a Espanha de escombros" e de dividir o país "em nome do progressismo de meia tigela".

As receitas de Aznar para sair da crise passam por um "trabalho duro e constante", com o objetivo de "recuperar a confiança, a credibilidade, a competência e a coragem".

Segundo Aznar, "reformar o Estado" é uma questão urgente porque atualmente ele não é "nem politicamente viável nem financeiramente sustentável".

Insistiu na necessidade de uma "grande agenda de medidas econômicas e sociais" que inclua a luta contra o déficit e a dívida, a reforma tributária e trabalhista, a liberalização de setores públicos e a criação de empresas competentes.

Lamentou que atualmente "a principal verba orçamentária da Espanha, de 35 bilhões de euros, é o seguro desemprego".

Aznar também apostou na recuperação do "prestígio internacional" da Espanha e criticou que a Presidência espanhola de turno da União Europeia tenha estado marcada pela "insignificância".

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