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Autoridade da Austrália receberá na Holanda corpos do MH17

Entre as vítimas do voo da Malaysia Airlines estão 37 cidadãos e residentes australianos

Corpos de vítimas do avião da Malaysia Airlines que caiu no leste da Ucrânia (Maxim Zmeyev/Reuters)

Corpos de vítimas do avião da Malaysia Airlines que caiu no leste da Ucrânia (Maxim Zmeyev/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2014 às 06h32.

Sydney - O governador geral da Austrália, Peter Cosgrove, viajou para a Holanda para receber o avião que traz os corpos das vítimas do voo da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia, entre eles, 37 cidadãos e residentes australianos, informaram nesta quarta-feira fontes oficiais.

"É importante para as famílias e para a nossa nação que nossa gente seja recebida por um de nós", disse em comunicado o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, em referência ao representante da rainha Elizabeth II na Austrália.

Os corpos das vítimas do voo MH17 que caiu em uma região controlada por separatistas pró-Rússia serão transferidos para sua identificação e repatriação à Holanda, em um complicado processo que pode incluir exames de DNA dos familiares australianos das vítimas.

"Por sua própria natureza pode levar várias semanas antes que possamos honrar os mortos e devolvê-los a seus entes queridos. Mas os traremos para casa", garantiu o primeiro-ministro australiano.

Os primeiros féretros com os restos mortais serão enviados da cidade de Kharkiv, onde se encontra o enviado especial australiano, o militar aposentado Angus Houston, que já coordenou as operações de busca da outra aeronave da mesma companhia aérea que desapareceu no Oceano Índico.

Um avião australiano C17 e um holandês partirão dessa cidade ucraniana rumo à Holanda com os corpos das vítimas.

O governo australiano mobilizou mais de 100 funcionários na Ucrânia e na Holanda em uma operação organizada após o incidente, que reúne o maior número de vítimas australianas desde os atentados em Bali, na Indonésia, em 2002.

A Austrália também promoveu uma resolução no Conselho de Segurança da ONU para permitir, sem restrições, o acesso ao local do incidente aos especialistas e a repatriação dos corpos, respeitando a dignidade das vítimas. 

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