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Austrália revelou acidentalmente dados de líderes do G20

Segundo o "The Guardian", um funcionário público enviou por erro o número de passaporte, dados dos vistos e outros detalhes pessoais dos 31 dirigentes


	Dirigentes no G20: não se sabe se o Ministério de Imigração informou deste erro aos líderes do grupo
 (REUTERS/Pablo Martinez Monsivais)

Dirigentes no G20: não se sabe se o Ministério de Imigração informou deste erro aos líderes do grupo (REUTERS/Pablo Martinez Monsivais)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2015 às 06h55.

Sydney - O Ministério de Imigração da Austrália divulgou acidentalmente os dados pessoais de todos os líderes do G20 que participaram da cúpula de Brisbane realizada em novembro do ano passado, informou nesta terça-feira a imprensa local.

Segundo a edição australiana do jornal "The Guardian", um funcionário deste ministério enviou por erro o número de passaporte, dados dos vistos e outros detalhes pessoais dos 31 dirigentes destes países aos organizadores da Copa da Ásia de futebol.

Entre os líderes cuja informação foi divulgada estão os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama; Rússia, Vladmir Putin; e China, Xi Jinping; além da chanceler alemã, Angela Merkel; e os primeiros-ministros da Índia, Narendra Modi; Reino Unido, David Cameron; e Japão, Shinzo Abe.

O diretor do serviço de vistos do ministério informou no último dia 7 de novembro do "erro humano" à Comissão Australiana de Privacidade para buscar conselhos, em uma mensagem na qual assinalou que "é improvável que a informação seja de domínio público".

Também disse que a ausência de outros dados pessoais "limita significativamente" o risco de violação (da privacidade) e enfatizou que o destinatário errado apagou a mensagem e esvaziou o arquivo de documentos apagados.

O diretor recomendou que os líderes não fossem informados da violação de sua informação pessoal "dado que o risco é muito baixo e há medidas para limitar uma maior distribuição desta mensagem".

Não se sabe se o Ministério de Imigração informou deste erro aos líderes do G20, enquanto seu titular, Peter Dutton, não respondeu ao "The Guardian" sobre este caso.

Esse ministério foi o responsável pelo maior vazamento de dados realizado por uma instância governamental da Austrália, quando acidentalmente revelou em seu portal de internet os dados pessoais de cerca de dez mil pessoas detidas, a maioria delas solicitantes de asilo, segundo denunciou o jornal em fevereiro. 

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