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Assessor de Le Pen questiona relatório sobre ataque na Síria

Relatório da inteligência francesa concluiu que forças apoiadas pelo governo sírio lançaram um ataque com gás sarin no norte da Síria no dia 4 de abril

Florian Philippot: "acho que a comunidade internacional pode duvidar disso enquanto não houver um inquérito internacional sob os auspícios da ONU" (Christian Hartmann/Reuters)

Florian Philippot: "acho que a comunidade internacional pode duvidar disso enquanto não houver um inquérito internacional sob os auspícios da ONU" (Christian Hartmann/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de abril de 2017 às 11h52.

Paris - Um dos principais assessores da candidata presidencial de extrema-direita francesa Marine Le Pen questionou nesta quinta-feira um relatório de inteligência da França que acusa a liderança da Síria de realizar um ataque com gás venenoso, uma posição diretamente oposta à de seu rival de centro Emmanuel Macron.

Um relatório antes confidencial publicado na quarta-feira mostrou que a inteligência francesa concluiu que forças apoiadas por Damasco lançaram um ataque com gás sarin no norte da Síria no dia 4 de abril.

O relatório também insinuou que o presidente sírio, Bashar al-Assad, ou membros de seu círculo íntimo, ordenou o ataque à cidade de Khan Sheikhoun, onde dezenas de pessoas morreram.

"Acho que a comunidade internacional pode duvidar disso enquanto não houver um inquérito internacional sob os auspícios da Organização das Nações Unidas (ONU)", disse Florian Philippot, vice-líder da Frente Nacional de Le Pen, à rádio France Inter.

"Não tenho como dizer se é verdade ou não, mas ela (comunidade internacional) pode duvidar porque tivemos precedentes", afirmou, referindo-se aos falsos relatos de inteligência que levaram os Estados Unidos a invadirem o Iraque de Saddam Hussein em 2003.

O ataque químico levou o presidente dos EUA, Donald Trump, a ordenar um ataque com mísseis de cruzeiro contra uma base aérea síria.

Assad nega que seu governo já tenha usado armas químicas e também disse que a Síria só permitiria uma investigação "imparcial" sobre o incidente com gás venenoso. A Rússia, aliada de Assad, vetou uma resolução do Conselho de Segurança da ONU em 13 de abril que pediu a condenação do ataque químico e pressão para que Damasco coopere com os investigadores.

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