Assad vê 'grandes sucessos' em suas tropas
Assad qualificou as batalhas que suas tropas enfrentam como ''uma das guerras mais complicadas do ponto de vista técnico e estratégico''
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2012 às 19h12.
Damasco - O presidente sírio, Bashar al Assad , afirmou nesta quarta-feira que seu exército está obtendo ''grandes sucessos'' no conflito que aterra a Síria desde março de 2011, e responsabilizou a Turquia pelo derramamento de sangue no país.
Em uma entrevista exclusiva à rede de televisão síria ''Al Dunia'', Assad qualificou as batalhas que suas tropas enfrentam como ''uma das guerras mais complicadas do ponto de vista técnico e estratégico''.
''É uma guerra de interesses. Querem destruir o país'', declarou o líder na entrevista, da qual a ''Al Dunia'' antecipou alguns trechos ontem.
Para Assad, seu país está travando ''uma guerra regional e internacional'' que ainda levará tempo para acabar, mas reiterou que está decidido a seguir adiante.
''Posso resumir toda a explicação em uma frase: estamos avançando, a situação melhorou, mas não é decisiva ainda, requer tempo'', disse.
Vestindo azul e mantendo postura serena, Assad apontou a Turquia como um dos culpados do conflito, ao afirmar que o país ''enfrenta uma responsabilidade direta no derramamento de sangue na Síria''.
''Será que vamos voltar atrás por causa da ignorância de alguns representantes turcos ou vamos olhar para o relacionamento com o povo turco, em particular com essa gente que se manteve do nosso lado durante a crise e não com outros, apesar de seus subornos?'', perguntou o presidente.
Em relação à Turquia, que o regime de Damasco culpa por apoiar e acolher os rebeldes sírios, também rejeitou a ideia do país de criar áreas seguras dentro da Síria para atender os refugiados do conflito.
''Essa ideia é pouco realista até para os países hostis e inimigos da Síria. As áreas seguras se estabelecem com a aprovação do Estado e nós não aceitamos nunca ter áreas fora de controle'', acrescentou.
Além disso, disse que a ''Síria não precisa de sinal verde nos assuntos soberanos e locais - nem de amigos nem de inimigos''.
O presidente disse, ainda, que ''falar que os protestos não aconteciam é falso, porque na primeira semana já morreram alguns policiais''. ''Desde o primeiro dia houve protestos'', ressaltou.
Quanto à atuação do Exército, Assad destacou que seu dever é ''proteger a pátria'' e apontou que seu trabalho é ''heroico'' e que devem evitar perdas humanas em seus combates no interior das cidades.
Também minimizou as deserções, ao afirmar que são ''um mecanismo de autolimpeza da nação''.
''Aquele que foge e recebeu dinheiro é um corrupto, um covarde e uma pessoa má'', por isso essas deserções são ''positivas'', acrescentou.
O líder sírio concedeu várias entrevistas desde o início do conflito, sempre mostrando determinação em ir até o fim em sua luta contra aqueles que classifica como ''terroristas'' apoiados por países como a Arábia Saudita, Catar e Turquia.
Damasco - O presidente sírio, Bashar al Assad , afirmou nesta quarta-feira que seu exército está obtendo ''grandes sucessos'' no conflito que aterra a Síria desde março de 2011, e responsabilizou a Turquia pelo derramamento de sangue no país.
Em uma entrevista exclusiva à rede de televisão síria ''Al Dunia'', Assad qualificou as batalhas que suas tropas enfrentam como ''uma das guerras mais complicadas do ponto de vista técnico e estratégico''.
''É uma guerra de interesses. Querem destruir o país'', declarou o líder na entrevista, da qual a ''Al Dunia'' antecipou alguns trechos ontem.
Para Assad, seu país está travando ''uma guerra regional e internacional'' que ainda levará tempo para acabar, mas reiterou que está decidido a seguir adiante.
''Posso resumir toda a explicação em uma frase: estamos avançando, a situação melhorou, mas não é decisiva ainda, requer tempo'', disse.
Vestindo azul e mantendo postura serena, Assad apontou a Turquia como um dos culpados do conflito, ao afirmar que o país ''enfrenta uma responsabilidade direta no derramamento de sangue na Síria''.
''Será que vamos voltar atrás por causa da ignorância de alguns representantes turcos ou vamos olhar para o relacionamento com o povo turco, em particular com essa gente que se manteve do nosso lado durante a crise e não com outros, apesar de seus subornos?'', perguntou o presidente.
Em relação à Turquia, que o regime de Damasco culpa por apoiar e acolher os rebeldes sírios, também rejeitou a ideia do país de criar áreas seguras dentro da Síria para atender os refugiados do conflito.
''Essa ideia é pouco realista até para os países hostis e inimigos da Síria. As áreas seguras se estabelecem com a aprovação do Estado e nós não aceitamos nunca ter áreas fora de controle'', acrescentou.
Além disso, disse que a ''Síria não precisa de sinal verde nos assuntos soberanos e locais - nem de amigos nem de inimigos''.
O presidente disse, ainda, que ''falar que os protestos não aconteciam é falso, porque na primeira semana já morreram alguns policiais''. ''Desde o primeiro dia houve protestos'', ressaltou.
Quanto à atuação do Exército, Assad destacou que seu dever é ''proteger a pátria'' e apontou que seu trabalho é ''heroico'' e que devem evitar perdas humanas em seus combates no interior das cidades.
Também minimizou as deserções, ao afirmar que são ''um mecanismo de autolimpeza da nação''.
''Aquele que foge e recebeu dinheiro é um corrupto, um covarde e uma pessoa má'', por isso essas deserções são ''positivas'', acrescentou.
O líder sírio concedeu várias entrevistas desde o início do conflito, sempre mostrando determinação em ir até o fim em sua luta contra aqueles que classifica como ''terroristas'' apoiados por países como a Arábia Saudita, Catar e Turquia.