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Assad exclui trégua em região síria e combates continuam

Ofensiva visa expulsar rebeldes de Wadi Barada, a 15 km de Damasco, e recuperar o controle das principais fontes de abastecimento de água da capital

Tropas sírias: segundo Assad, cessar-fogo é violado por terroristas que ocupam a principal fonte de água de Damasco (Omar Sanadiki/Reuters)

Tropas sírias: segundo Assad, cessar-fogo é violado por terroristas que ocupam a principal fonte de água de Damasco (Omar Sanadiki/Reuters)

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AFP

Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 11h03.

O presidente sírio, Bashar al-Assad, descartou qualquer cessar-fogo na região de Wadi Barada, onde os combates avançavam nesta segunda-feira entre o exército e os rebeldes pelo controle das fontes de abastecimento de água para Damasco.

"O papel do exército sírio é libertar essa área para evitar que os terroristas usem (a arma) da água para sufocar a capital", disse em uma entrevista à imprensa francesa.

Desde 20 de dezembro, as tropas do regime e seu aliado, o Hezbollah xiita libanês, conduzem uma ofensiva para expulsar os rebeldes de Wadi Barada, a 15 km de Damasco, e recuperar o controle das principais fontes de abastecimento de água da capital.

De acordo com Assad, o cessar-fogo patrocinado pela Rússia e Turquia e que entrou em vigor em 30 de dezembro "é violado porque os terroristas ocupam a principal fonte de água de Damasco, privando mais de cinco milhões de civis de água potável há três semanas".

Além disso, "o cessar-fogo não inclui o grupo Estado Islâmico (EI) ou a Frente Al-Nusra, e a região (de Wadi Barada) onde a luta está ocorrendo é ocupada pela Al-Nusra". "Portanto, não é parte do acordo de cessar-fogo", disse ele.

A Frente Al-Nusra foi rebatizada de Fatah al-Sham após se distanciar da Al-Qaeda.

Nesta segunda-feira, intensos combates em várias frentes em Wadi Barada opunham as forças do regime e combatentes do Hezbollah aos rebeldes, com uma minoria de combatentes da Fatah al-Sham, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

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