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Asilado em embaixada, Assange processa Equador por condições de vida

Ação ocorre quase sete meses após o Equador ameaçar retirar sua proteção e cortar seu acesso ao mundo exterior

Julian Assange: fundador do Wikileaks se refugiou em missão diplomática para evitar extradição em 2012 (Peter Nicholls/Reuters)

Julian Assange: fundador do Wikileaks se refugiou em missão diplomática para evitar extradição em 2012 (Peter Nicholls/Reuters)

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AFP

Publicado em 19 de outubro de 2018 às 14h26.

Última atualização em 19 de outubro de 2018 às 14h34.

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, abriu um processo contra o governo do Equador afirmando que suas condições de vida na embaixada daquele país em Londres, onde está asilado há seis anos, violam seus "direitos fundamentais", de acordo com um comunicado divulgado nesta sexta-feira, 19.

"Assange abriu hoje um processo no qual acusa o governo do Equador de violar seus direitos e liberdades fundamentais", afirma o site WikiLeaks, afirmando que o ex-juiz espanhol Baltasar Garzón, coordenador de sua equipe jurídica, viajou ao Equador para iniciar uma ação legal contra o governo do país.

"A ação ocorre quase sete meses depois que o Equador ameaçou retirar sua proteção e cortar seu acesso ao mundo exterior, recusando-se a permitir que jornalistas e organizações de direitos humanos o vissem", diz a nota.

Quito concedeu asilo a Assange em 2012, quando ele se refugiou na missão diplomática para evitar, a princípio, ser extraditado para a Suécia, onde foi acusado por supostos crimes sexuais.

No entanto, Assange teme que, se deixar a embaixada, possa ser detido e extraditado para os Estados Unidos por divulgar milhares de segredos oficiais do país através de seu site.

Além disso, a justiça britânica mantém um mandado de prisão contra ele por ter violado as condições de sua liberdade condicional no contexto do caso aberto na Suécia ao se refugiar na embaixada equatoriana.

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