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Aproximação dos EUA com o Irã é um erro, diz Israel

Ministro israelense qualificou de erro qualquer tentativa de aproximação dos EUA e de outros países com o Irã


	Avigdor Lieberman, ministro de Relações Exteriores de Israel
 (Brendan McDermid/Reuters)

Avigdor Lieberman, ministro de Relações Exteriores de Israel (Brendan McDermid/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2014 às 08h19.

Jerusalém - O ministro israelense de Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, qualificou nesta sexta-feira de "erro" qualquer tentativa de aproximação dos EUA e da comunidade internacional ao Irã.

Em entrevista coletiva junto à alta representante de Política Externa e Segurança da UE, Federica Mogherini, que hoje iniciou uma viagem a Jerusalém, Lieberman insistiu que o regime de Teerã não pode ser parceiro em nenhum tipo de diálogo no Oriente Médio.

"O Irã é inaceitável para qualquer coalizão. Nem sequer para o diálogo na região, seja sobre a palestina ou sobre a Síria", ressaltou aos jornalistas.

O chefe da diplomacia israelense reagiu assim à informação divulgada nesta quinta-feira na qual dizia que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tinha enviado uma carta secreta ao líder supremo do Irã, grande aiatolá Ali Khamenei, sobre a luta contra os radicais sunitas do Estado Islâmico na Síria e Iraque.

Lieberman criticou, além disso, a aproximação entre Teerã e o denominado grupo 5+1 (integrado pelos países-membros permanente do Conselho de Segurança mais Alemanha) em relação com o polêmico programa nuclear iraniano.

"Desde nosso ponto de vista é um erro. Embora acho que nós não devemos dar conselhos ao presidente dos Estados Unidos", disse.

Ainda firmes aliados, a relações entre Washington e Israel sofreram uma grande deterioração nos últimos meses por, entre outros motivos, insistência do governo de Benjamin Netanyahu em avançar com a colonização da Palestina ocupada.

Tanto os Estados Unidos como a União Europeia estão convencidos de que a colonização é um dos principais obstáculos para o êxito da solução dos dois Estados e um fator de instabilidade na zona.

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