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Após golpe de Estado, Mali é suspenso de bloco africano

A Comissão do bloco regional afirmou ainda que enviará ao país uma delegação para advertir os militares que tomaram o poder

Os militares decretaram a dissolução de todas as instituições e um recolher obrigatório das 18h às 6h e fecharam as fronteiras do país (Habibou Kouyate/AFP)

Os militares decretaram a dissolução de todas as instituições e um recolher obrigatório das 18h às 6h e fecharam as fronteiras do país (Habibou Kouyate/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2012 às 11h12.

Abidjan - A Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (Cedeao) anunciou a suspensão de Mali como membro da organização após o golpe de Estado da quinta-feira passada perpetrado por tropas do Exército do país.

A Comissão do bloco regional, que anunciou ontem à noite a medida após uma reunião extraordinária que os membros realizaram em Abidjan, afirmou ainda que enviará ao país uma delegação de altos cargos militares, segundo informou nesta quarta-feira o site do jornal local 'Notre Voie'.

Este grupo de representantes da Cedeao, que deve chegar hoje em Bamaco, tem como objetivo advertir aos militares que se encontram no poder em Mali das consequências do rompimento com o bloco.

Além disso, outro grupo de cinco chefes de Estado viajará a Mali nas próximas 48 horas para reforçar a mensagem do bloco regional, formado por 15 países africanos.

Se com estes esforços iniciais a junta militar que perpetrou o golpe de Estado em Mali não se convencer a devolver o poder ao presidente do país, Ahmadou Toumani Touré, serão impostas duras sanções, advertiu a Cedeao.

Em última instância, o bloco estaria disposto empreender uma ação militar para acabar com os soldados golpistas e voltar a instaurar a ordem constitucional.

Por outra parte, um grupo de soldados que participou do golpe de Estado viajou até Abidjan, onde afirmaram que decidiram derrubar Touré porque os militares tinham perdido a confiança em seus superiores.

Os golpistas insistiram também em sua justificativa inicial: à má gestão do governo de Mali frente às ações dos rebeldes tuaregues no norte do país. 

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