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Após cirurgia, Chávez prioriza cautela e repouso

Chávez chegou na sexta-feira à Venezuela e liderou no sábado um comício com seus seguidores da sacada do Palácio Miraflores, sede do governo

Um dia antes, da sacada do Palácio, Chávez cumprimentou seus simpatizantes com apelos para as eleições presidenciais (Juan Barreto/AFP)
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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2012 às 22h03.

Caracas - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez , buscou levar as coisas com calma ao voltar para o país após passar três semanas em Cuba, onde foi operado no dia 26 de fevereiro de um tumor maligno, enquanto seu partido indicou nesta segunda-feira que a doença não modifica o cronograma para o pleito de outubro.

Chávez chegou na sexta-feira à Venezuela e liderou no sábado um comício com seus seguidores da sacada do Palácio Miraflores, sede do governo, onde lhes dirigiu a palavra por cerca de uma hora antes de se retirar para descansar, mas, desde então, só fez alguns comentários no microblog Twitter.

No domingo, agradeceu aos cantores e ao público de um show de salsa realizado em apoio à sua recuperação e cumprimentou os apresentadores de um programa do canal estatal 'VTV', que assiste com frequência.

Um dia antes, da sacada do Palácio, Chávez cumprimentou seus simpatizantes com apelos para as eleições presidenciais do dia 7 de outubro, afirmou que o câncer não será páreo a ele e profetizou um triunfo 'memorável' contra o candidato da oposição, Henrique Capriles.

Por enquanto, o líder parece cumprir sua promessa de que descansaria nos próximos dias após passar por uma cirurgia em Cuba, onde lhe foi extirpado um tumor, recorrência do câncer do qual foi operado em junho do ano passado na região pélvica.

Chávez deve se submeter em breve a sessões de radioterapia, mas até o momento não se informou sobre quando ou onde seguirá esse tratamento, que se somará às quatro sessões de quimioterapia que enfrentou após a operação de junho do ano passado.

Enquanto o presidente repousa, seu partido lida com os últimos números divulgados pelas pesquisas de opinião eleitoral, que indicam uma vantagem chavista de 18 a 33 pontos percentuais sobre Capriles.


A ministra da Juventude venezuelana, Maripili Hernández, membro da equipe de campanha de Chávez, destacou nesta segunda-feira à emissora 'VTV' os dados oferecidos pelas pesquisas e afirmou que a doença do presidente 'não produz dividendos políticos' à oposição.

O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) - legenda de Chávez - descartou plenamente nesta segunda-feira a possibilidade de uma mudança no cronograma para as eleições de outubro devido ao câncer que afeta o governante.

'Ao contrário, todo nosso trabalho tem a ver com o cronograma de 7 de outubro', declarou o vice-presidente do PSUV, Diosdado Cabello, em alusão à data do pleito, quando Chávez buscará seu quarto mandato, desta vez para o período 2013-2019.

Cabello, também presidente da Assembleia Nacional (Parlamento), acusou a oposição de tentar alterar o calendário eleitoral. 'Estão pedindo a Deus e a todos os santos que não haja eleições no dia 7 de outubro, porque o que virá em 7 de outubro é uma vitória contundente do presidente Chávez'.

Apesar das dúvidas suscitadas pelo processo de recuperação do líder sobre a campanha eleitoral, e embora o próprio Chávez tenha dito que terá de 'repensar' sua agenda devido à doença, a oposição não trabalha com cenários alternativos.

Escolhido como candidato opositor em eleições primárias realizadas em fevereiro passado pela aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), Capriles disse na semana passada que a oposição não cogita outro hipotético rival governista, apenas Chávez.

'Dissemos e reiteramos. Para nós, há um candidato e queremos que seja esse candidato e queremos, além disso, que tenha longa vida porque queremos que ele veja com seus próprios olhos a Venezuela que vamos construir de progresso', destacou o líder opositor.

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Caracas - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez , buscou levar as coisas com calma ao voltar para o país após passar três semanas em Cuba, onde foi operado no dia 26 de fevereiro de um tumor maligno, enquanto seu partido indicou nesta segunda-feira que a doença não modifica o cronograma para o pleito de outubro.

Chávez chegou na sexta-feira à Venezuela e liderou no sábado um comício com seus seguidores da sacada do Palácio Miraflores, sede do governo, onde lhes dirigiu a palavra por cerca de uma hora antes de se retirar para descansar, mas, desde então, só fez alguns comentários no microblog Twitter.

No domingo, agradeceu aos cantores e ao público de um show de salsa realizado em apoio à sua recuperação e cumprimentou os apresentadores de um programa do canal estatal 'VTV', que assiste com frequência.

Um dia antes, da sacada do Palácio, Chávez cumprimentou seus simpatizantes com apelos para as eleições presidenciais do dia 7 de outubro, afirmou que o câncer não será páreo a ele e profetizou um triunfo 'memorável' contra o candidato da oposição, Henrique Capriles.

Por enquanto, o líder parece cumprir sua promessa de que descansaria nos próximos dias após passar por uma cirurgia em Cuba, onde lhe foi extirpado um tumor, recorrência do câncer do qual foi operado em junho do ano passado na região pélvica.

Chávez deve se submeter em breve a sessões de radioterapia, mas até o momento não se informou sobre quando ou onde seguirá esse tratamento, que se somará às quatro sessões de quimioterapia que enfrentou após a operação de junho do ano passado.

Enquanto o presidente repousa, seu partido lida com os últimos números divulgados pelas pesquisas de opinião eleitoral, que indicam uma vantagem chavista de 18 a 33 pontos percentuais sobre Capriles.


A ministra da Juventude venezuelana, Maripili Hernández, membro da equipe de campanha de Chávez, destacou nesta segunda-feira à emissora 'VTV' os dados oferecidos pelas pesquisas e afirmou que a doença do presidente 'não produz dividendos políticos' à oposição.

O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) - legenda de Chávez - descartou plenamente nesta segunda-feira a possibilidade de uma mudança no cronograma para as eleições de outubro devido ao câncer que afeta o governante.

'Ao contrário, todo nosso trabalho tem a ver com o cronograma de 7 de outubro', declarou o vice-presidente do PSUV, Diosdado Cabello, em alusão à data do pleito, quando Chávez buscará seu quarto mandato, desta vez para o período 2013-2019.

Cabello, também presidente da Assembleia Nacional (Parlamento), acusou a oposição de tentar alterar o calendário eleitoral. 'Estão pedindo a Deus e a todos os santos que não haja eleições no dia 7 de outubro, porque o que virá em 7 de outubro é uma vitória contundente do presidente Chávez'.

Apesar das dúvidas suscitadas pelo processo de recuperação do líder sobre a campanha eleitoral, e embora o próprio Chávez tenha dito que terá de 'repensar' sua agenda devido à doença, a oposição não trabalha com cenários alternativos.

Escolhido como candidato opositor em eleições primárias realizadas em fevereiro passado pela aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), Capriles disse na semana passada que a oposição não cogita outro hipotético rival governista, apenas Chávez.

'Dissemos e reiteramos. Para nós, há um candidato e queremos que seja esse candidato e queremos, além disso, que tenha longa vida porque queremos que ele veja com seus próprios olhos a Venezuela que vamos construir de progresso', destacou o líder opositor.

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