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Anistia e ONG criticam Shell por números enganosos na Nigéria

Órgãos assinalam que apresentaram uma queixa contra a empresa perante os governos britânico e holandês

Posto da Shell: Parlamento holandês vai investigar ações da empresa na Nigéria (Ricardo Fasanello/VEJA Rio)

Posto da Shell: Parlamento holandês vai investigar ações da empresa na Nigéria (Ricardo Fasanello/VEJA Rio)

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Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2011 às 21h15.

Londres - A Anistia Internacional (AI) e a ONG "Friends of the Earth" acusaram a companhia petrolífera Shell de utilizar números enganosos para culpar sabotadores pelos problemas de contaminação no rio Níger.

Em comunicado conjunto divulgado em Londres, os órgãos assinalam que apresentaram uma queixa contra a Shell perante os Governos britânico e holandês, porque consideram que a companhia violou níveis básicos de responsabilidade empresarial estabelecidos pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Na quarta-feira, dia 26, o Parlamento holandês examinará as atividades da Shell na Nigéria, e o impacto das mesmas no meio ambiente e nos direitos humanos.

Em meados da década de 1990, a Shell aceitou que grande parte da contaminação de petróleo no delta do Níger respondia a fracassos da companhia, mas agora a empresa culpa sabotadores por tais problemas, alegando que são responsáveis por 98% do vazamento.

Apesar de a sabotagem ser um problema na região, a AI e a "Friends of the Earth" afirmam que desafiaram reiteradamente a Shell por utilizar estes números, que foram criticados por grupos defensores do meio ambiente, indica a nota.

"Falta total credibilidade aos números da Shell", assinalou Audrey Gaughran, diretora de Assuntos Globais da AI.

"A contaminação por petróleo é um problema importante causado pela indústria do petróleo no delta do Níger, mas falta total independência ao sistema de investigação do vazamento", acrescentou Audrey.

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