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Americanos estão enlouquecendo com a eleição, diz pesquisa

Mais da metade dos americanos -- dos dois lados da disputa -- diz que a eleição de 2016 é uma de suas principais fontes de estresse

Eleições americanas: “Historicamente, trabalho, dinheiro e economia são as três principais” fontes de estresse (Jim Young / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2016 às 18h55.

Nova York - Há uma boa notícia para os americanos que acordam suando frio às 3 da manhã para checar as últimas pesquisas de opinião: eles não estão sozinhos.

Mais da metade dos americanos -- dos dois lados da disputa -- diz que a eleição de 2016 é uma de suas principais fontes de estresse, segundo uma nova pesquisa da Associação Americana de Psicologia (APA, na sigla em inglês).

“Historicamente, trabalho, dinheiro e economia são as três principais”, disse a psicóloga Lynn Bufka, que faz parte da equipe da APA focada no estresse nos EUA, que realiza pesquisas a respeito do que mais assusta os americanos há 10 anos. “Agora, [a eleição] está no topo.”

Além da onipresença de notícias sobre a eleição presidencial -- cobertura ininterrupta há mais de um ano --, Bufka cita diversos possíveis motivos pelos quais os americanos estão mais preocupados neste ano.

Para começar, o teor das campanhas, que possivelmente são mais negativas e acusatórias do que qualquer outra da história moderna.

“De forma geral”, disse ela, “os humanos gostam de harmonia.” E não há muita harmonia neste ano.

As pessoas também podem estar estressadas com esses candidatos em particular -- quem são e o que representam. E, claro, os americanos estão preocupados com o resultado.

A pesquisa foi realizada pela internet, pela Harris Poll, em agosto, com 3.511 adultos de 18 anos ou mais que moram nos EUA. Os dados foram ponderados para refletir a população de forma precisa.

Embora o uso das redes sociais seja relacionado a níveis de estresse maiores, os americanos com menor probabilidade de publicar no Facebook -- aqueles com 71 anos ou mais -- são também os que reportam maior ansiedade.

Normalmente, disse Bufka, essa geração, chamada de geração “silenciosa” ou “grande” por alguns, reporta os níveis mais baixos de estresse.

“Eles já passaram por muitas coisas e têm uma boa perspectiva”, disse ela. Mas neste caso, parece ocorrer o oposto. “Estamos nos perguntando se pensar nas implicações para seus filhos e netos pode ser a fonte do estresse”, disse ela.

Bufka e a APA afirmam que é importante que os americanos adotem medidas para gerenciar essa agitação adicional: evitar envolvimento em conversas que levarão a mais conflitos, desligar os telefones e ler apenas o necessário para estar informado.

Depois, no dia 8 de novembro, sair e votar.

No entanto, há certo precedente para essa eleição aparentemente histórica, disse Drew Westen, professor de Psicologia da Universidade Emory.

“O último candidato que criou essa ansiedade toda provavelmente tenha sido Barry Goldwater”, disse ele, em referência indireta ao candidato republicano à presidência, Donald Trump, em sua comparação.

“A ideologia dele era muito distante da tradicional... não surpreende que [o presidente Lyndon B.] Johnson tenha ganhado por uma enorme diferença.”

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Nova York - Há uma boa notícia para os americanos que acordam suando frio às 3 da manhã para checar as últimas pesquisas de opinião: eles não estão sozinhos.

Mais da metade dos americanos -- dos dois lados da disputa -- diz que a eleição de 2016 é uma de suas principais fontes de estresse, segundo uma nova pesquisa da Associação Americana de Psicologia (APA, na sigla em inglês).

“Historicamente, trabalho, dinheiro e economia são as três principais”, disse a psicóloga Lynn Bufka, que faz parte da equipe da APA focada no estresse nos EUA, que realiza pesquisas a respeito do que mais assusta os americanos há 10 anos. “Agora, [a eleição] está no topo.”

Além da onipresença de notícias sobre a eleição presidencial -- cobertura ininterrupta há mais de um ano --, Bufka cita diversos possíveis motivos pelos quais os americanos estão mais preocupados neste ano.

Para começar, o teor das campanhas, que possivelmente são mais negativas e acusatórias do que qualquer outra da história moderna.

“De forma geral”, disse ela, “os humanos gostam de harmonia.” E não há muita harmonia neste ano.

As pessoas também podem estar estressadas com esses candidatos em particular -- quem são e o que representam. E, claro, os americanos estão preocupados com o resultado.

A pesquisa foi realizada pela internet, pela Harris Poll, em agosto, com 3.511 adultos de 18 anos ou mais que moram nos EUA. Os dados foram ponderados para refletir a população de forma precisa.

Embora o uso das redes sociais seja relacionado a níveis de estresse maiores, os americanos com menor probabilidade de publicar no Facebook -- aqueles com 71 anos ou mais -- são também os que reportam maior ansiedade.

Normalmente, disse Bufka, essa geração, chamada de geração “silenciosa” ou “grande” por alguns, reporta os níveis mais baixos de estresse.

“Eles já passaram por muitas coisas e têm uma boa perspectiva”, disse ela. Mas neste caso, parece ocorrer o oposto. “Estamos nos perguntando se pensar nas implicações para seus filhos e netos pode ser a fonte do estresse”, disse ela.

Bufka e a APA afirmam que é importante que os americanos adotem medidas para gerenciar essa agitação adicional: evitar envolvimento em conversas que levarão a mais conflitos, desligar os telefones e ler apenas o necessário para estar informado.

Depois, no dia 8 de novembro, sair e votar.

No entanto, há certo precedente para essa eleição aparentemente histórica, disse Drew Westen, professor de Psicologia da Universidade Emory.

“O último candidato que criou essa ansiedade toda provavelmente tenha sido Barry Goldwater”, disse ele, em referência indireta ao candidato republicano à presidência, Donald Trump, em sua comparação.

“A ideologia dele era muito distante da tradicional... não surpreende que [o presidente Lyndon B.] Johnson tenha ganhado por uma enorme diferença.”

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