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Alemanha: infiltrado em serviço de inteligência é caso isolado

"Este é um caso particular", insistiu o porta-voz, quando perguntado se tinha havido casos semelhantes dentro do serviço de inteligência

Infiltrado: seu interlocutor no chat era outro colaborador do serviço de inteligência (Reprodução)

Infiltrado: seu interlocutor no chat era outro colaborador do serviço de inteligência (Reprodução)

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AFP

Publicado em 30 de novembro de 2016 às 15h01.

O governo alemão assegurou nesta quarta-feira que a prisão de um dos seus agentes do serviço de inteligência, suspeito de ter se infiltrado no corpo para preparar um ataque terrorista, foi um caso isolado.

"No momento não temos informação [indicando] que existam problemas estruturais" dentro do Escritório para a Proteção da Constituição (BfV), o serviço de inteligência interna alemão, declarou um porta-voz do ministério do Interior, Tobias Plate, em um entrevista coletiva.

"Pelo contrário", disse Plate, foi o próprio escritório que "desmascarou" o suspeito, um alemão de 51 anos convertido ao Islã a partir de 2014 e cuja detenção foi anunciada nesta terça-feira.

"Este é um caso particular", insistiu o porta-voz, quando perguntado se tinha havido casos semelhantes dentro do serviço de inteligência.

De acordo com um porta-voz do BfV, os investigadores acusam o agente de ter "expressado na internet ideias islâmicas e proposto informações internas em chats".

Os promotores disseram que o homem é suspeito de ter procurado cúmplices na internet para cometer um ato violento contra o serviço de inteligência "em nome de Alá" e contra "os infiéis".

No entanto, seu interlocutor no chat era outro colaborador do serviço de inteligência, segundo o jornal Die Welt.

Além disso, "até agora, não há nenhuma evidência de perigo concreto para a segurança do BfV e de seus funcionários", disse o ministério do Interior à AFP.

Nos últimos meses foram registrados vários ataques extremistas isolados na Alemanha.

Também foram frustrados vários projetos de atentados. O último foi o de um refugiado sírio, Jaber al Bakr, que pretendia atacar um aeroporto de Berlim, mas que foi detido antes de passar ao ato e acabou cometendo suicídio na prisão.

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