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Ahmadinejad passa por constrangimento em visita ao Egito

O incidente aconteceu ao término de uma reunião entre o chefe da Al-Azhar, xeque Ahmed al-Tayeb, e Ahmadinejad, governante do maior país xiita

Ahmadinejad faz o sinal da vitória durante uma reunião com Al-Tayeb (AFP/ Gianluigi Guercia)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 15h44.

Cairo - O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, pareceu pouco à vontade em sua primeira visita ao Cairo , durante a qual um alto funcionário da instituição teológica sunita Al-Azhar denunciou afirmações "inaceitáveis" de "xiitas" relacionadas a companheiros do profeta Maomé.

O incidente aconteceu ao término de uma reunião entre o chefe da Al-Azhar, xeque Ahmed al-Tayeb, e Ahmadinejad, governante do maior país xiita. O xeque Hassan al-Shafie, que participava de uma coletiva de imprensa com Ahmadinejad, falou para "certos xiitas (...) que desonram de maneira inaceitável os companheiros do profeta e suas esposas".

"Isso prejudica as relações entre os povos", acrescentou o xeque, provocando uma visível reação de desconforto do presidente iraniano e sua delegação.

"O presidente (iraniano) o aconselha a tratar o assunto de forma privada", disse a Shafie uma autoridade da Al-Azhar presente na coletiva de imprensa.

"Nós nos entendemos sobre unidade e fraternidade", concluiu, em árabe, Ahmadinejad, que normalmente se pronuncia em farsi.

Os sunitas repreendem especialmente os xiitas por terem denegrido Aicha, esposa de Maomé, acusando-a de ter se oposto a Ali, que os muçulmanos de confissão xiita consideram como primeiro imã, líder religioso que sucedeu Maomé.

A visita do presidente iraniano à prestigiosa instituição teológica sunita Al-Azhar foi a primeira da história das duas nações.

Ahmadinejad iniciou nesta terça-feira uma visita ao Egito, a primeira de um presidente iraniano mm exercício desde o rompimento das relações diplomáticas entre os países em 1980.

Esta visita faz parte de um plano multilateral. Ahmadinejad participará no Cairo de uma cúpula de países islâmicos que começa na quarta-feira na capital egípcia.

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O incidente aconteceu ao término de uma reunião entre o chefe da Al-Azhar, xeque Ahmed al-Tayeb, e Ahmadinejad, governante do maior país xiita. O xeque Hassan al-Shafie, que participava de uma coletiva de imprensa com Ahmadinejad, falou para "certos xiitas (...) que desonram de maneira inaceitável os companheiros do profeta e suas esposas".

"Isso prejudica as relações entre os povos", acrescentou o xeque, provocando uma visível reação de desconforto do presidente iraniano e sua delegação.

"O presidente (iraniano) o aconselha a tratar o assunto de forma privada", disse a Shafie uma autoridade da Al-Azhar presente na coletiva de imprensa.

"Nós nos entendemos sobre unidade e fraternidade", concluiu, em árabe, Ahmadinejad, que normalmente se pronuncia em farsi.

Os sunitas repreendem especialmente os xiitas por terem denegrido Aicha, esposa de Maomé, acusando-a de ter se oposto a Ali, que os muçulmanos de confissão xiita consideram como primeiro imã, líder religioso que sucedeu Maomé.

A visita do presidente iraniano à prestigiosa instituição teológica sunita Al-Azhar foi a primeira da história das duas nações.

Ahmadinejad iniciou nesta terça-feira uma visita ao Egito, a primeira de um presidente iraniano mm exercício desde o rompimento das relações diplomáticas entre os países em 1980.

Esta visita faz parte de um plano multilateral. Ahmadinejad participará no Cairo de uma cúpula de países islâmicos que começa na quarta-feira na capital egípcia.

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