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Agricultores alemães sofrem perdas milionárias após surto de bactéria

Segundo a Confederação de Agricultores, produtores perdem mais de 30 milhões de euros por semana

Gerd Sonnleitner, presidente da confederação: "Esta fixação por pepino, tomate e alface não impediu que a doença se estendesse" (Alex Domanski/Getty Images)

Gerd Sonnleitner, presidente da confederação: "Esta fixação por pepino, tomate e alface não impediu que a doença se estendesse" (Alex Domanski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2011 às 10h25.

Berlim - O alerta decretado pelas autoridades de saúde alemãs para que a população não consuma pepino, tomate e alface para evitar uma infecção da bactéria E. coli está gerando perdas milionárias para os agricultores alemães, que não conseguem vender seus produtos.

"Nossos produtores de verduras sofrem perdas semanais de mais de 30 milhões de euros", informou nesta quarta-feira o presidente da Confederação de Agricultores, Gerd Sonnleitner, em declarações ao canal de televisão "N24".

Após comentar que a situação para o setor no país "é dramática", Sonnleitner assinalou que a maior parte das colheitas dessas verduras é destruída.

"Esta fixação por pepino, tomate e alface não impediu que a doença se estendesse, por outro lado, causou danos extremos à agricultura", afirmou o máximo representante dos agricultores alemães.

Em declarações ao site da revista "Der Spiegel", Rudolf Behr, um dos maiores produtores de verduras de cultivo biológico da Alemanha, lamentou que, em meio à principal colheita do ano, a maior parte da produção acabe no lixo.

Ele acrescentou que na última semana se viu obrigado a destruir 40 hectares de cultivo de alface.

"Colhemos atualmente 40% da quantidade normal para a época" e o resto é destruído no próprio campo, disse Bahr, que revelou que 40 de seus empregados estão se dedicando exclusivamente a destruir os cultivos.

Ele acrescentou que só na quinta-feira passada, quando foi emitido o alerta, registrou perdas de 500 mil euros, já que toda a mercadoria fornecida ficou estagnada nos armazéns e sem possibilidade de saída.

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