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Agência da ONU para Palestina diz que armazém com ajuda é 'atingido' em Rafah, sul de Gaza

Ministério da Saúde do enclave palestino afirma que cinco pessoas morreram no 'bombardeio do armazém'; porta-voz afirma que ainda não tem informações 'sobre o que aconteceu exatamente'

O acidente desta quarta ocorre em meio à crescente preocupação com a piora das condições humanitárias em Gaza (AFP)

O acidente desta quarta ocorre em meio à crescente preocupação com a piora das condições humanitárias em Gaza (AFP)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 13 de março de 2024 às 11h57.

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) disse que um de seus armazéns de ajuda humanitária na Faixa de Gaza em Rafah, no sul do território palestino, foi "atingido" nesta quarta-feira, ferindo "dezenas" de pessoas. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, cinco pessoas teriam morrido no acidente.

"Podemos confirmar que um armazém/centro de distribuição da UNRWA em Rafah (sul de Gaza) foi atingido", disse à AFP a porta-voz da agência, Juliette Touma, acrescentando que houve "dezenas de feridos". "Ainda não temos mais informações sobre o que aconteceu exatamente, nem sobre o número de funcionários da UNRWA afetados".

Segundo Touma, a "UNRWA usa essa instalação para distribuir alimentos muito necessários e outros itens que salvam vidas para as pessoas deslocadas no sul de Gaza."

O Ministério da saúde de Gaza, administrada pelo Hamas desde 2007, disse que cinco pessoas foram mortas no "bombardeio do armazém", segundo a al-Jazeera e o Times of Israel. Um fotógrafo da AFP viu as vítimas chegando ao hospital al-Najjar, em Rafah, sendo que pelo menos uma delas foi identificada por outras pessoas no hospital como um funcionário da ONU.

As Forças Armadas de Israel, até o momento, não comentaram o caso.

Na fronteira com o Egito, Rafah é o refúgio de mais da metade da população palestina obrigada a se deslocar do norte e da área central da Faixa de Gaza em razão dos combates.

A cidade foi anunciada em fevereiro como o potencial novo alvo das operações israelenses, caso um novo acordo entre as partes não fosse estabelecido até o Ramadã, que teve início neste fim de semana. Até o momento, as negociações seguem obstruídas, e o Catar alertou na terça que a situação continua "muito complicada".

Crise humanitária

O acidente desta quarta ocorre em meio à crescente preocupação com a piora das condições humanitárias em Gaza, onde Israel tem realizado operações militares desde outubro com o objetivo de eliminar o grupo militante Hamas.

A guerra foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro ao sul de Israel, que resultou na morte de cerca de 1.160 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP dos números oficiais israelenses.

A campanha militar de retaliação de Israel em Gaza matou pelo menos 31.272 pessoas, a maioria mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde do território.

Em 4 de março, um total de 162 funcionários da UNRWA havia sido morto desde o início da guerra entre Israel e o Hamas. A terrível escassez de alimentos em Gaza, após mais de cinco meses de guerra, resultou em 27 mortes por desnutrição e desidratação, a maioria delas de crianças, segundo o ministério.

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