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Afeganistão bate recorde de civis assassinados no 1o trimestre

No primeiro semestre, morreram 1.692 civis, a metade deles em atentados atribuídos ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI)

A primeira causa de morte de civis continua sendo os atentados suicidas (Parwiz/Reuters)

A primeira causa de morte de civis continua sendo os atentados suicidas (Parwiz/Reuters)

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AFP

Publicado em 15 de julho de 2018 às 10h34.

O Afeganistão bateu um novo recorde de civis assassinados no primeiro trimestre de 2018, apesar de três dias de trégua em junho, anunciou neste domingo as Nações Unidas.

Entre 1o. de janeiro e 30 de junho morreram 1.692 civis, a metade deles em atentados atribuídos ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI). Trata-se do período com mais mortes que a ONU começou a contabilizar as vítimas civis há dez anos.

Somando mortos e feridos, 5.122 civis se viram afetados no período pela violência no Afeganistão, indicou a Missão de Assistência das Nações Unidas para o Afeganistão (Manua).

A capital Cabul e a província deNangarhar, no leste do país, foram as mais afetadas, inclusive durante o cessar-fogo de junho no qual participou o EI.

Os talibãs, que respeitaram a trégua negociada com o governo entre 15 e17 de junho, são os responsáveis causadores de 40% dos civis mortos.

A primeira causa de morte de civis continua sendo os atentados suicidas e os chamados ataques complexos, ou seja, que começaram com um camicase e continuam com a ocupação de prédios e disparos.

Os combates terrestres estão em segundo lugar.

Em paralelo, a expansão das operações aéreas também provocou um forte aumento do número de vítimas civis pelos bombardeios aéreos (+52%) comparado ao mesmo período do ano passado, com 149 mortos e 204 civis feridos.

Mais da metade dessas vítimas (52%) são atribuídas às forças afegãs e 45% aos aviões americanos, os únicos da coalizão ocidental que realizam operações.

"O breve cessar-fogo demonstrou que é possível deter os combates", afirmou Tadamichi Yamamoto, o representante especial do secretário-geral da ONU, citado em um comunicado da Manua.

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