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Palco desaba em comício de candidato à presidência do México e deixa nove mortos e 50 feridos

Acidente aconteceu durante evento de encerramento de campanha em que Jorge Álvarez estava presente

México: acidente aconteceu a poucos dias da eleição presidencial  (Cesar AGUILAR /AFP)

México: acidente aconteceu a poucos dias da eleição presidencial (Cesar AGUILAR /AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 23 de maio de 2024 às 06h37.

Um desabamento de um palco na noite de quarta-feira, 22, causou a morte de nove pessoas e outras 50 ficaram feridas durante um comício do candidato à presidência do México Jorge Álvarez Máynez na região norte do país, informaram as autoridades.

Imagens publicadas nas redes sociais mostram o momento em que as torres que eram a base de sustentação do cenário desabaram devido a um vendaval e um telão caiu no palco onde estavam Álvarez Máynez e outros candidatos do Movimento Cidadão (centro).

Álvarez Máynez, 38 anos, está em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2 de junho. As pessoas que o acompanhavam no comício conseguiram escapar depois que correram para sair do palco.

O acidente aconteceu em San Pedro Garza, na zona metropolitana da cidade industrial de Monterrey, no estado de Nuevo León.

O evento era o encerramento de campanha da candidata do Movimento Cidadão à prefeitura de San Pedro, Lorenia Canavati, que era acompanhada por Álvarez Máynez. Candidatos ao Senado e à Câmara dos Deputados também estavam no comício.

"Acabo de visitar a Clínica 7 e lamento informar que até o momento o número de pessoas mortas no acidente é de oito adultos e um menor de idade", anunciou o governador de Nuevo León, Samuel García, na rede social X.

García explicou que os fortes ventos derrubaram o palco e pediu às pessoas que procurassem abrigos porque a região enfrenta tempestades intensas.

"Estou bem e em comunicação com as autoridades do estado para acompanhar o ocorrido. A única coisa importante neste momento é prestar atendimento às vítimas", escreveu Álvarez Máynez na rede social X.

O candidato acrescentou que os membros da sua equipe que ficaram feridos estão recebendo tratamento. Seu partido informou em um comunicado a suspensão de todos os eventos de campanha "em solidariedade aos afetados".

 Histeria e pânico

O deputado Javier González Alcántara, do Movimento Cidadão, declarou ao canal Televisa que as equipes de resgate conseguiram retiraram os feridos que estavam debaixo do palco, que foram levados para vários hospitais.

José Juan, que compareceu ao comício, relatou como a estrutura desabou de maneira repentina sobre os candidatos e o público.

"Desabou de repente, me atingiu na cabeça e eu desmaiei. O restante foi pura histeria, puro pânico", declarou à Televisa.

Álvarez Máynez anunciou que permaneceria no local até o fim das operações de transporte dos feridos para os hospitais.

As candidatas que lideram as pesquisas de intenção de voto para a presidência do México expressaram condolências pelo incidente.

"Espero que esteja tudo bem com os candidatas e candidatos que participaram no evento do Movimento Cidadão em Nuevo León", escreveu na rede X Claudia Sheinbaum, candidata do atual governo de esquerda e grande favorita para vencer a presidência.

"De todo coração, espero que ninguém tenha ficado gravemente ferido no que ocorreu no evento do Movimento Cidadão em Nuevo León", afirmou a candidata da oposição de centro-direita Xóchitl Gálvez na mesma plataforma.

 Notoriedade crescente

Álvarez Máynez ganhou notoriedade por sua presença nas redes sociais e por seu desempenho nos debates presidenciais obrigatórios, nos quais tentou projetar uma imagem independente, evitando os ataques pessoais às candidatas favoritas.

Próximo do governador de Nuevo León, que também pertence ao Movimento Cidadão, ele era deputado federal antes de anunciar a candidatura à presidência.

Nos últimos dias, os partidos da oposição exigiram que ele desistisse da candidatura e declarasse apoio a Gálvez, mas ele não aceitou a pressão.

O México terá as maiores eleições de sua história em 2 de junho, quando o país votará para presidente, nos congressistas, nove de 32 governadores e milhares de outros cargos locais.

Mais de 20.000 cargos estão em disputa, em uma campanha marcada pela violência do crime organizado, com mais de 30 candidatos assassinados desde 23 de setembro do ano passado, quando o processo eleitoral começou, segundo a organização Data Cívica.

 

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