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O cenário da disputa eleitoral nas principais capitais

Partidos se preparam para eleições municipais com nomes e alianças; urnas decidem prefeitos em menos de um ano

Candidaturas tomam forma a menos de um ano da ida às urnas (ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL)

Candidaturas tomam forma a menos de um ano da ida às urnas (ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 17h57.

São Paulo - A menos de um ano das eleições municipais de 2012, os partidos já começaram a busca de alianças e nomes para a disputa que poderá afetar o restante do governo Dilma Rousseff e mesmo sua sucessão em 2014.

Veja abaixo o cenário das eleições municipais nas principais capitais do país:

São Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se empenhou pessoalmente para fincar o nome do atual ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), para a disputa local. O governo federal quer que PT e PMDB -segundo maior partido da base- saiam juntos na cidade, mas peemedebistas não abrem mão da candidatura do deputado federal Gabriel Chalita.

O PT busca também uma aliança com o tradicional aliado PCdoB já no primeiro turno, mas a posição petista de manter candidaturas próprias onde os comunistas têm nomes mais fortes pode inviabilizar essa coligação, abrindo espaço para o lançamento do vereador Netinho de Paula.

Na oposição, o PSDB promete ter candidato próprio e fará prévias para escolhê-lo no ano que vem. Estão na disputa os secretário estaduais Bruno Covas, Andrea Matarazzo e José Aníbal, além do deputado federal Ricardo Tripoli.


Há tucanos, porém, que defendem uma aliança com o PSD do atual prefeito, Gilberto Kassab. O novo partido ainda não se posicionou, mas pode lançar o vice-governador paulista, Guilherme Afif Domingos, e até mesmo o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, que recentemente se juntou ao partido. Meirelles, no entanto, nega a intenção de sair candidato.

Rio de Janeiro

O PMDB acredita que Eduardo Paes deverá ser reeleito já no primeiro turno, tendo um petista como candidato a vice-prefeito.

O DEM, do ex-prefeito Cesar Maia, e o PR, do ex-governador Anthony Garotinho, já conversam para lançar uma chapa conjunta, provavelmente com filhos de ambos: Rodrigo Maia e Clarissa Garotinho.

Enquanto isso, o PSDB pode ter como candidato o deputado Otávio Leite e o PSOL o deputado estadual Marcelo Freixo, que inspirou o personagem que lidera a CPI que investiga as milícias no filme "Tropa de Elite 2".

Belo Horizonte

Bem avaliado, o prefeito Márcio Lacerda (PSB) é candidato à reeleição. A ampla aliança que o elegeu em 2008 incluiu uma parceria entre os dois maiores rivais nacionais -PT e PSDB-, mas corre perigo agora.

Na ocasião, o PT indiciou o vice, Roberto Carvalho, que agora defende a saída do PSDB da coligação ou uma candidatura própria do PT.

Alas do PT lideradas pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e pelo ex-prefeito Patrus Ananias trabalham para manter a aliança.


O PSB, que já acertou a permanência dos tucanos na aliança, ainda acredita na possibilidade de um acordo com o PT.

Porto Alegre

O atual prefeito José Fortunati (PDT) deve tentar reeleição, e deve ter o apoio do PMDB. Sua principal adversária deverá ser a deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB), que tem apoio do PSB.

O PT vem sendo assediado por ambas as candidaturas, mas já lançou o presidente da Assembleia Legislativa, Adão Villaverde, à prefeitura e diz que ainda conversará com PSB e PCdoB para uma aliança já no primeiro turno, desde que tenha a cabeça de chapa.

DEM e PSDB devem ter candidatos, mas sem grandes chances.

Salvador

O DEM lançará a candidatura do deputado federal ACM Neto, e poderia contar com o apoio de PSDB e PMDB, que faz oposição ao governador do Estado, Jacques Wagner (PT).

Já o PT lançou a pré-candidatura do deputado Nelson Pelegrino e quer reeditar a aliança que apoia Wagner. No entanto, PDT e PCdoB já lançaram pré-candidaturas próprias.

Recife

O prefeito João da Costa (PT) busca a reeleição, mas pode enfrentar resistências dentro do seu próprio partido, entre elas do deputado federal João Paulo, prefeito antes dele, que pode postular a candidatura.


Petistas querem reeditar aliança com o PSB, união que elegeu o governador Eduardo Campos (PSB) em 2010. Mas o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, que é do PSB, transferiu seu domicílio de Petrolina para Recife e já anunciou sua pré-candidatura.

Na oposição, o nome mais forte deve ser o de Daniel Coelho (PSDB). Mendonça Filho (DEM) também pode ser opção.

Fortaleza

Aliança atual entre PT e PSB, que elegeu a prefeita Luizianne Lins está indefinida. O PT afirma que terá candidato próprio, mas acredita que aliança com PSB poderá sobreviver.

No PSB, há setores que defendem a manutenção da parceria com o PT, como o governador Cid Gomes. Seu irmão Ciro, no entanto, pede por candidatura própria.

O PSDB pode lançar à prefeitura o candidato derrotado ao governo do Estado, Marcos Cals.

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