5 falhas que já marcam as Olimpíadas
Antes mesmo da cerimônia de abertura do evento, Londres já virou notícia por erros de organização
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2012 às 14h56.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h20.
São Paulo – De confusão diplomática até caos no transporte, Londres já passou por maus bocados no início das Olimpíadas . A cerimônia oficial de abertura do evento só acontece amanhã, mas a cidade já virou notícia por algumas falhas na organização do evento. Até o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, precisou se desculpar publicamente por um desses erros, quando a organização confundiu as bandeiras das Coreias logo na estreia do país do norte na competição. As falhas já renderam também crítica pública de Mitt Romney, candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, que reclamou da segurança do evento. Clique nas fotos ao lado e veja cinco falhas que logo nos primeiros dias marcaram as Olimpíadas de Londres.
Uma verdadeira confusão diplomática aconteceu ontem em Londres. A seleção de futebol feminino da Coreia do Norte estava prestes a entrar em campo quando no telão, durante a apresentação das jogadoras, o que apareceu foi a bandeira da Coreia do Sul. A troca já seria um problema com qualquer país, mas entre as duas Coreias existe o agravante de que os países vivem em constante conflito. As jogadoras norte-coreanas se recusaram a dar o ponta pé inicial e começar o jogo contra a Colômbia. O nervosismo pré-jogo não afetou o rendimento das atletas da Coreia do Norte, que venceram a partida. Na foto, um mebro da delegação da Coreia do Norte reclama do erro.
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Londres cometeu alguns erros nos dados biográficos de atletas nascidos na Ucrânia. A organização citou algumas cidades e regiões da Ucrânia como se elas integrassem a Rússia. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Konstantin Grischenko, criticou os erros e mostrou indignação por, em algumas das biografias, a Ucrânia ter sido designada como uma região. A delegação olímpica da Ucrânia solicitou oficialmente que os dados fossem corrigidos o mais rápido possível.
Um teleférico inaugurado em Londres para facilitar a vida de turistas durante as Olimpíadas falhou. Na tarde de ontem, o sistema que cruza o rio Tâmisa parou de funcionar por cerca de quarenta minutos, deixando os passageiros “pendurados” sobre o rio. O sistema da prefeitura de Londres é patrocinado pela empresa aérea Emirates Air Line e recebeu um investimento de 44 milhões de libras esterlinas, algo como 139 milhões de reais. O transporte é uma das maneiras que os fãs de esporte em Londres têm para chegar até a Arena O2, onde algumas competições dos jogos estão acontecendo.
Londres tem um dos metrôs mais eficientes do mundo. Tanta estrutura, porém, não foi suficiente e o sistema já apresentou problemas e atrasos. Na manhã de hoje, por exemplo, uma das linhas mais movimentadas da cidade, a Jubilee, teve uma de suas estações fechada por causa de um alerta de incêndio. A linha de trem Heathrow Express, que liga o centro de Londres ao aeroporto de Heathrow, também apresentou problemas. A circulação ali foi suspensa temporariamente por causa de um incêndio na plataforma da estação de West Ealing.
Os problemas de mobilidade não se limitaram ao metrô. Ontem, Londres também enfrentou longos congestionamentos – que chegaram a 20 quilômetros. O trânsito sente os reflexos da instalação de uma faixa exclusiva para trânsite de carros ligados ao evento esportivo, como mostra a foto ao lado. Os motoristas já haviam reclamado que isso poderia atrapalhar o tráfego. As estradas não escaparam dos congestionamentos. Houve engarrafamentos em estradas que levam à Vila Olímpica e ao oeste de Londres, em decorrência do trajeto final da tocha olímpica.