Refugiados: o número total de falecimentos de refugiados e imigrantes ilegais ainda pode aumentar entre 200 e 300 até o fim do ano
EFE
Publicado em 16 de dezembro de 2016 às 14h35.
Última atualização em 16 de dezembro de 2016 às 15h06.
Genebra - Ao todo, 7.189 refugiados e imigrantes ilegais faleceram este ano em sua jornada rumo a uma vida melhor, o número total mais alto já registrado pela Organização Internacional de Migrações (OIM).
Esse número representa uma média de 20 mortes por dia, o que indica que o número total de falecimentos de refugiados e imigrantes ilegais ainda pode aumentar entre 200 e 300 até o fim do ano, afirmou a OIM em comunicado.
"É possível que muitas mortes passem despercebidas e não sejam registradas pelos governos ou pelos agentes humanitários", afirma a organização.
O total de vítimas contabilizadas pela OIM foi de 5.267 em 2014 e 5.740 em 2015, muito abaixo dos quase 5.740 deste ano. Segundo dados da organização, todas as rotas de migração - o Mediterrâneo, o norte e o sul da África, a África central e a fronteira entre México e Estados Unidos - registraram mais falecimentos em 2016 do que em 2015.
Da mesma forma como nos dois últimos anos, as rotas que ligam o norte da África, o Oriente Médio e a Europa contabilizaram 60% das mortes de refugiados e imigrantes ilegais no mundo todo. Assim, as rotas do Mar Mediterrâneo foram as mais fatais, dado que 4.812 pessoas faleceram ao tentar atravessar.
A OIM também denuncia que centenas de imigrantes ilegais e refugiados perderam a vida no continente americano, especialmente na fronteira entre México e Estados Unidos, onde 176 corpos foram encontrados durante o ano.
Por outro lado, na América Latina foram contabilizados 90 falecimentos a mais do que em 2015.
Em Darien, floresta entre Colômbia e Panamá e rota usada para ir da América Central aos Estados Unidos, tirou pelo menos 30 vidas, a maioria cubanos.
Além disso, a OIM aponta à morte de seis pessoas que se afogaram em Chiapas (México) enquanto se dirigiam para o litoral americano.