ETF: sigla de Exchange Traded Funds (pichet_w/Thinkstock)
Redação Exame
Publicado em 14 de outubro de 2017 às 06h00.
Última atualização em 3 de maio de 2024 às 10h37.
ETF é a sigla para exchange traded funds, fundos que replicam o desempenho de índices e que são negociados em bolsa de valores, como se fossem papéis de uma empresa.
Quando o investidor adquire uma cota de um ETF, é como se ele estivesse comprando todas ações da carteira usada como referência.
Eles surgiram nos Estados Unidos no início dos anos 1990 e, desde então, ganharam popularidade em todo o mundo. Em 2015, a indústria de ETFs chegou a ultrapassar a de hedge-funds, com quase 3 trilhões de dólares de ativos sob gestão no mundo todo.
No Brasil, o primeiro ETF foi lançado em 2004. Atualmente, são oferecidos 15 tipos deles na Bolsa, todos atrelados a índices de ações.
O mais conhecido e mais procurado é o BOVA, baseado no Ibovespa. Há também o PIBB11, que sumariza as 50 ações mais líquidas, o SMAL, que reúne as small caps, o BBSD, que têm como referencia o S&P Dividendos Brasil, entre outros.
Uma das características dos ETFs que chama a atenção de investidores é a possibilidade de diversificação. Ao invés de colocar recursos em uma única ação que pode oscilar bruscamente, o ETF possibilita a diluição dos recursos em vários papéis. Assim, caso o preço de uma ação desabe, a alta de outra poderá "compensar" o tombo.
A possibilidade de aplicar recursos em diferentes empresas de uma só vez -- sem que, para isso, seja necessário se debruçar sobre o comportamento de cada uma delas -- também é apontada por especialistas como um ponto forte dos ETFs, assim como os custos, que costumam ser menores em comparação com outros fundos por não ter a chamada gestão ativa.
Os ETFs, no entanto, não estão livres de riscos. Dependendo da participação da empresa no índice, a derrocada de uma companhia tende a se refletir no desempenho do índice e, consequentemente, no do ETF. Há, ainda, o risco inerente à variação do preço das ações que formam o índice, além do risco de liquidez das cotas.
O Tesouro Nacional deve lançar no próximo ano o primeiro ETF de renda fixa, baseado no desempenho de títulos públicos. A expectativa do Tesouro Nacional é que o gestor do fundo seja selecionado até o final de 2017.
A ideia é que, em pouco tempo, o fundo ganhe liquidez, fomentando a criação de novos ETFs de renda fixa sem a participação do Tesouro.
O produto deve ser isento do chamado come-cotas, imposto semestral que incide sobre os fundos de renda fixa e multimercados. Na hora do resgate, ao contrário dos fundos de renda fixa, tributados pela tabela regressiva, o ETF será tributado de acordo com o prazo médio dos títulos em carteira.
Fontes: CVM, Anbima e B3.