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As 6 cidades globais com maior risco de bolha imobiliária

Relatório da UBS revela queda no risco de bolha imobiliária, mas seis cidades ainda estão sob alerta

Miami lidera a lista de cidades com risco de ver a bolha do mercado imobiliário explodir. (Alexander Spatari/Getty Images)
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 30 de setembro de 2024 às 10h28.

O novo relatório do Global Real-Estate Bubble Index, publicado pela UBS em 2024, revelou que o risco de uma bolha imobiliária diminuiu globalmente ao longo do último ano. No entanto,seis cidades continuam apresentando elevado ou alto risco de sofrer com uma bolha no setor imobiliário, segundo a análise. A queda dos preços de imóveis foi apontada como um dos principais fatores para essa redução. As informações são da Business Insider.

Em comparação com 2023, quando 16 cidades ao redor do mundo estavam em situação de risco elevado, apenas seis permanecem com o mesmo alerta em 2024.De acordo com o relatório, a queda nos preços dos imóveis em cidades que já estavam sobrevalorizadas em 2023 foi significativa. O estudo mostrou que os preços, ajustados pela inflação, estão em média 15% abaixo dos níveis observados em meados de 2022, quando os juros globais começaram a subir.

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Entre as cidades com maiores correções de preços, destacam-se Frankfurt (Alemanha), Munique (Alemanha), Estocolmo (Suécia), Hong Kong e Paris (França), todas com quedas superiores a 20% em comparação aos picos pós-pandemia.

Como a UBS calcula o índice de risco de bolha

Para compor o índice de risco de bolha imobiliária, a UBS utiliza diferentes indicadores, como a relação entre preços de imóveis e renda local, preço de aluguel, razão de hipotecas sobre o PIB e proporção de construções em relação ao PIB de cada cidade. Cidades que apresentam um índice superior a 1,0 são consideradas em risco elevado de bolha, enquanto aquelas com pontuação acima de 1,5 entram na categoria de alto risco.

Veja abaixo as seis cidades que se encontram com risco elevado ou alto, de acordo com o índice da UBS para 2024:

6. Genebra, Suíça

Pontuação no índice UBS: 1,0

Nível de risco: Elevado

Pontuação em 2023: 1,13

Genebra, na Suíça, apresenta uma ligeira redução no risco de bolha imobiliária em relação ao ano anterior. No entanto, a cidade permanece na lista de locais com risco elevado. A queda nos preços de imóveis, ajustados pela inflação, não foi suficiente para retirá-la do radar da UBS.

5. Toronto, Canadá

Pontuação no índice UBS: 1,03

Nível de risco: Elevado

Pontuação em 2023: 1,21

Apesar de uma leve melhora no cenário imobiliário, Toronto, no Canadá, continua em risco. A cidade canadense teve uma pequena redução em sua pontuação em relação ao ano passado, mas ainda é considerada vulnerável a uma possível bolha imobiliária.

4. Los Angeles, Estados Unidos

Pontuação no índice UBS: 1,17

Nível de risco: Elevado

Pontuação em 2023: 1,03

Los Angeles, nos Estados Unidos, viu seu risco aumentar, destacando-se como uma das duas cidades norte-americanas mais suscetíveis a uma bolha no mercado imobiliário. Mesmo com as quedas nos preços de imóveis em 2023, a cidade se mantém em alerta, com uma pontuação mais alta em 2024.

3. Zurique, Suíça

Pontuação no índice UBS: 1,51

Nível de risco: Alto

Pontuação em 2023: 1,71

Zurique, na Suíça, continua com um risco significativo de bolha imobiliária, apesar de uma leve redução em sua pontuação. A cidade suíça ainda está entre as mais arriscadas no ranking da UBS, com preços de imóveis sobrevalorizados e alta demanda no mercado local.

2. Tóquio, Japão

Pontuação no índice UBS: 1,67

Nível de risco: Alto

Pontuação em 2023: 1,65

A capital japonesa mantém sua posição entre as cidades com maior risco de bolha imobiliária. Tóquio, no Japão, apresentou uma pequena variação na pontuação em relação a 2023, mas a demanda aquecida e a oferta limitada de imóveis continuam a pressionar o mercado local.

1. Miami, Estados Unidos

Pontuação no índice UBS: 1,79

Nível de risco: Alto

Pontuação em 2023: 1,38

Miami, nos Estados Unidos, lidera o ranking de cidades em risco, com uma alta expressiva em sua pontuação. A cidade, que já vinha se destacando como um dos mercados imobiliários mais aquecidos dos Estados Unidos, agora é considerada a mais vulnerável a uma bolha no setor. A combinação de forte demanda, preços elevados e o influxo de investidores externos contribuem para essa avaliação.

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