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VEVO transmite Carnaval e lançará site no Brasil

Site de videoclipes transmitirá show do rapper PitBull no Camarote Salvador e prepara sua estreia no mercado de música nacional

A transmissão ao vivo, que se restringe ao show do rapper da VEVO, poderá ser acompanhada por internautas de dez países, entre eles Argentina, México, Estados Unidos, França e o Brasil (Theo Wargo/Getty Images)

A transmissão ao vivo, que se restringe ao show do rapper da VEVO, poderá ser acompanhada por internautas de dez países, entre eles Argentina, México, Estados Unidos, França e o Brasil (Theo Wargo/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2012 às 09h12.

Criada a partir de uma iniciativa das gravadoras globais Sony e Universal e de um investidor de peso, a Abu Dhabi Media Company, a plataforma de músicas online VEVO.com prepara-se para estrear no Brasil no primeiro semestre. Apesar de ser conhecida dos brasileiros por meio de seu canal no site de vídeos YouTube, a VEVO possui um endereço próprio, além de aplicativos móveis – tudo ao alcance apenas de usuários dos Estados Unidos, Inglaterra, Canadá e Irlanda. “Ainda temos umas questões de direitos autorais a resolver no Brasil, mas a expectativa é de um pré-lançamento do site ainda no primeiro semestre”, afirmou David Kohl, vice-presidente da empresa, em entrevista exclusiva ao site de Veja.

A empresa prepara o terreno para sua entrada definitiva no país com o auxílio de mãos poderosas. Por meio da família Magalhães, da Bahia, a VEVO conseguiu o direito de exibição de um trecho do Carnaval de Salvador. A empresa, com o respaldo de anunciantes do porte de Unilever, trará o rapper americano PitBull para fazer um show no Camarote Salvador – ponto alto da festa baiana – em 21 de fevereiro. A negociação foi feita diretamente com Luiz Eduardo Magalhães Filho, o Duquinho. “Estamos todos animados – nós e ele – porque a exibição trará uma divulgação grande para o Carnaval e para o camarote”, disse o executivo da VEVO.

A transmissão ao vivo, que se restringe ao show do rapper, poderá ser acompanhada por internautas de dez países, entre eles Argentina, México, Estados Unidos, França e o Brasil. A VEVO abrirá seu site nesses locais apenas para a exibição do show. No dia seguinte, os vídeos poderão ser acessados no mundo todo por meio do YouTube.

Por ter capital fechado, a VEVO não divulga cifras de investimento, mas sua receita com vendas de anúncios chegou a 150 milhões de dólares em 2011 – isto para uma companhia que nasceu há pouco mais de dois anos. À imprensa, o presidente da empresa, Rio Caraeff, afirmou esperar que, dentro de pouco tempo, o faturamento chegue a 1 bilhão de dólares. A abertura de capital da VEVO, prevista para 2013 por alguns veículos americanos, é um dos assuntos quentes do mundo dos negócios do entretenimento. David Kohl não confirma e tampouco quis entrar em detalhes sobre o tema. De Nova York, o executivo falou ao site de Veja.

- Por que escolheram o Carnaval de Salvador?

David Kohl: Desde o ano passado tínhamos a intenção de transmitir um grande evento no Brasil. Começamos a olhar inúmeros festivais independentes, vimos também o Rock in Rio, mas o Carnaval é incomparável. Decidimos que tínhamos que começar pelo topo. Conversamos com alguns anunciantes e juntos decidimos que o apelo desse evento ao consumidor era maior, sobretudo o jovem. E a escolha do PitBull veio em seguida, por ser um artista que faz sucesso no mundo todo.

- A intenção inicial não era trazer a Jennifer Lopez para o evento?

Kohl: Sim. Mas como ela tinha um contrato com a Brahma, que estava prevendo outra coisa para ela no Brasil, a parceria acabou não acontecendo.


- Em que consiste a parceria da VEVO com o YouTube?

Kohl: Temos uma plataforma de vídeos de alta definição dentro do YouTube que exibe apenas conteúdo musical. Temos um acordo em que a equipe da VEVO comercializa seu espaço no portal a anunciantes, passando 35% da receita com publicidade para o YouTube. Para as empresas, é uma forma inteligente de anunciar, já que nosso conteúdo é considerado premium. E quando uma empresa anuncia diretamente no YouTube, seu nome corre o risco de ser associado a vídeos gerados por usuários que nem sempre seriam a melhor escolha publicitária.

- Que tipo de negócio vocês buscam por aqui?

Kohl: Já temos um escritório comercial em São Paulo desde o ano passado, e que já firmou contratos com mais de 50 anunciantes. Vendemos espaço publicitário na nossa plataforma de vídeos no Youtube, por exemplo. Então, de uma certa forma, estamos com algum negócio no Brasil. O que buscamos agora são parcerias para inserir nossa plataforma de vídeos em sites brasileiros que vão além do Youtube. Há muitos anunciantes interessados em firmar contratos globais e terem suas marcas veiculadas no Brasil, por exemplo, por meio da nossa plataforma.

- Quando o site VEVO será lançado no Brasil?

Kohl: Ainda temos algumas questões de direitos autorais a resolver, mas a expectativa é de um pré-lançamento do site ainda no primeiro semestre. E um lançamento mais substancial no segundo. Também haverá os aplicativos VEVO para smartphones e tablets. Já estamos articulando, inclusive, anunciantes fixos para o pré-lançamento. Companhias como Ambev, Coca-Cola e Volkswagen, por exemplo, já se mostraram interessadas. Devemos fechar um grupo de seis empresas.

- A VEVO nasceu há pouco tempo. Ela pode ser considerada uma startup?

Kohl: A empresa não foi criada para ser pequena. Em pouco mais de dois anos, conseguimos a marca de quatro bilhões de acessos no mundo. Isso faz da VEVO a maior plataforma de música do planeta e a segunda em entretenimento. E ela cresceu tanto graças à sua filosofia de conteúdo aberto e adaptável a diversos meios. Com um sistema de distribuição arrojado e um tocador de alta velocidade – combinados como uma estratégia promocional forte e focada no consumidor –, sua escala aumentou de tal forma que hoje todos conhecem a marca.

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