Entre os pontos está a ideia de responsabilidade compartilhada: algumas corporações, cientes de que precisam ter responsabilidade social, mudarão seus modelos de negócios para integrar iniciativas sociais aos núcleos de estratégia (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 14h39.
São Paulo - A JWT Intelligence, núcleo de pesquisa e inteligência da agência, divulgou uma lista com as dez tendências para 2012. É a sétima vez que esse sumário é divulgado - sempre no final do ano -, com as ideias do que pode aparecer no período que chega.
As incertezas econômicas, a ideia cada vez mais crescente de responsabilidade compartilhada e a abertura para novas tecnologias foram os tópicos que permearam o levantamento deste ano.
O primeiro tópico paira pelo aspecto econômico ao dizer que cada vez mais marcas criarão alternativas para atingir consumidores "sensíveis ao custo"; isso se dará por meio de criações menores, despojadas ou com qualquer outro aspecto que tornem produtos e serviços acessíveis.
Já o segundo trata do comportamento das pessoas, que, fartas de ouvirem o que fazer (ou não), passarão a se entregar mais aos "pecados" e abandonar um pouco paranoias com dietas, cigarro, bebidas etc. Mas essa tendência se explica no fato de que muitos já estão treinados em autocontrole, de tanto incentivo recebido.
Ainda no campo comportamental, mas já unido à economia, o item seguinte traz uma visão de que há um grupo de incontentes com o status de "Geração Perdida". Ao invés de ficarem em casa reclamando por serem tratados de maneira injusta, eles encontrarão oportunidades na diversidade econômica - credenciados pela tecnologia, que costuma ultrapassar as barreiras do tradicionalismo.
A quarta previsão fala da ideia de responsabilidade compartilhada: algumas corporações, cientes de que precisam ter responsabilidade social, mudarão seus modelos de negócios para integrar iniciativas sociais aos núcleos de estratégia.
O item seguinte também parte do conceito de sustentabilidade ao colocar o mercado de alimentos como "a nova questão ambiental". As pessoas passarão a se preocupar mais com os impactos ambientais causados pelos métodos de preparo das comidas. Neste caso, as pequenas mudanças farão diferença.
Mais sobre comportamento: as mulheres não pensarão mais no casamento como etapa primordial a se passar durante a vida. Isso fará com que modelos antes vistos como alternativos passem a ser tomados como normais, como ser mãe solteira, por exemplo.
Nossos mundos individuais ficarão cada vez mais personalizados - o que estreita o tipo de conteúdo, experiências e pessoas a que somos expostos. Por isso, uma "grande ênfase será colocada em reintroduzir a aleatoriedade, a descoberta de inspiração, e diferentes pontos de vista em nossos mundos".
Dentro campo tecnológico, a JWT diz que mais superfícies planas estão se tornando telas, e mais telas estão ficando interativas. "Cada vez mais vamos tocá-las, gesticular com elas e falar com elas" - e, claro, ficaremos acostumados com isso. Esse crescimento criará oportunidades originais para informar, engajar e motivar consumidores.
A tendência seguinte lembra que as percepções sobre envelhecimento estão mudando e as pessoas passaram a ver mais positividade em ficar velhas. Com mudanças culturais e demográficas, além de avanços medicinais, a definição de quando a velhice chega será alterada, assim como o significado do termo.
Por último, passaremos a dar mais atenção aos objetos físicos, ao tato, já que muitas coisas firam substituídas pelo mundo virtual. "Como resultado, veremos mais 'objetos motivacionais'", diz a agência.