Uso de 'ad blocks' aumenta e gigantes pagam pelo desbloqueio
Empresas como Amazon e Google já pagam para desbloquear os serviços que oferecem justamente o bloqueio das propagandas
Guilherme Dearo
Publicado em 4 de fevereiro de 2015 às 12h57.
São Paulo - Existem os anúncios . E os programas que bloqueiam os anúncios. E as empresas que desbloqueiam os bloqueadores de anúncios.
Essa é a confusa realidade atual da internet. Recentemente, o jornal Financial Times reportou que gigantes da internet como Google , Microsoft , Amazon e Taboola estavam pagando fortunas ao dono do programa Adblock Plus para desbloquear os anúncios antes bloqueados.
Segundo a reportagem, 30% dos "ganhos adicionais" estariam sendo pagos ao Adblock. Por ganhos adicionais entende-se os ganhos gerados depois do desbloqueio do programa.
O Adblock é a mais popular extensão de browser do tipo que existe atualmente. Ele bloqueia todos os anúncios da internet que aparecem nas páginas que o usuário acessar. Já foi baixado mais de 300 milhões de vezes.
Gratuito, diz que bloqueia banners, pop-ups e vídeos. A Eyeo, empresa alemã dona do Adblock Plus, diz que há 50 milhões de usuários ativos mensalmente.
Ameaça
Para as grandes empresas, claro, o bloqueador de anúncios é uma ameaça. Grande parte da receita de empresas como Google e Facebook vêm da propaganda.
E como Google, Microsoft e Amazon estão contornando isso? Tentando se passar por "outro tipo de anúncio".
Se o usuário do Adblock entrar nas configurações, ele pode bloquear todos os anúncios da internet, sem restrições.
Mas o programa mantém uma lista chamada de "whitelist", que permite a visibilidade de poucos anúncios. Para entrar nessa lista, as propagandas precisam ser "aceitáveis". O critério do programa: se o anúncio é transparente sobre o fato de ser um anúncio; ou se ele aparece em certo momento sem atrapalhar o usuário e o conteúdo da página.
Aí entra a manobra: a "whitelist", gratuita, é reservada a pequenos sites e anunciantes. Agora, gigantes como Google estão pagando uma taxa para entrar nessa lista especial e ganhar a ressalva do programa, fugindo do bloqueio.
Os usuários ainda têm um poder nas mãos. Se eles quiserem, podem ir até as configurações e desmarcar a opção "Permitir anúncios não-intrusivos". Assim, bloquearão até mesmo as propagandas da "whitelist".
Outra opção é "denunciar" alguma propaganda que aparecer, dizendo que não é do tipo "aceitável".
Ao Business Insider, o porta-voz da Eyeo/Adblock, Ben Williams, disse não saber nada sobre a informação de que as empresas estão pagando pelo desbloqueio.
Mais bloqueio
O desespero das empresas em desbloquear seus anúncios em parte é explicado pelo aumento rápido de usuários de programas do tipo.
Segundo a Monday Note, 5% dos usuários de internet no mundo (144 milhões de pessoas) usaram softwares para bloquear anúncios só no primeiro trimestre de 2014. 2 entre 3 usam a partir do Chrome e do Firefox.
Em 2010, eram cerca de 20 milhões de usuários.
A popularidade desses programas foi crescendo lentamente, chegando a cerca de 50 milhões de pessoas em janeiro de 2013. Ali, houve um boom. Em pouco mais de um ano, tinha quase triplicado.
São Paulo - Existem os anúncios . E os programas que bloqueiam os anúncios. E as empresas que desbloqueiam os bloqueadores de anúncios.
Essa é a confusa realidade atual da internet. Recentemente, o jornal Financial Times reportou que gigantes da internet como Google , Microsoft , Amazon e Taboola estavam pagando fortunas ao dono do programa Adblock Plus para desbloquear os anúncios antes bloqueados.
Segundo a reportagem, 30% dos "ganhos adicionais" estariam sendo pagos ao Adblock. Por ganhos adicionais entende-se os ganhos gerados depois do desbloqueio do programa.
O Adblock é a mais popular extensão de browser do tipo que existe atualmente. Ele bloqueia todos os anúncios da internet que aparecem nas páginas que o usuário acessar. Já foi baixado mais de 300 milhões de vezes.
Gratuito, diz que bloqueia banners, pop-ups e vídeos. A Eyeo, empresa alemã dona do Adblock Plus, diz que há 50 milhões de usuários ativos mensalmente.
Ameaça
Para as grandes empresas, claro, o bloqueador de anúncios é uma ameaça. Grande parte da receita de empresas como Google e Facebook vêm da propaganda.
E como Google, Microsoft e Amazon estão contornando isso? Tentando se passar por "outro tipo de anúncio".
Se o usuário do Adblock entrar nas configurações, ele pode bloquear todos os anúncios da internet, sem restrições.
Mas o programa mantém uma lista chamada de "whitelist", que permite a visibilidade de poucos anúncios. Para entrar nessa lista, as propagandas precisam ser "aceitáveis". O critério do programa: se o anúncio é transparente sobre o fato de ser um anúncio; ou se ele aparece em certo momento sem atrapalhar o usuário e o conteúdo da página.
Aí entra a manobra: a "whitelist", gratuita, é reservada a pequenos sites e anunciantes. Agora, gigantes como Google estão pagando uma taxa para entrar nessa lista especial e ganhar a ressalva do programa, fugindo do bloqueio.
Os usuários ainda têm um poder nas mãos. Se eles quiserem, podem ir até as configurações e desmarcar a opção "Permitir anúncios não-intrusivos". Assim, bloquearão até mesmo as propagandas da "whitelist".
Outra opção é "denunciar" alguma propaganda que aparecer, dizendo que não é do tipo "aceitável".
Ao Business Insider, o porta-voz da Eyeo/Adblock, Ben Williams, disse não saber nada sobre a informação de que as empresas estão pagando pelo desbloqueio.
Mais bloqueio
O desespero das empresas em desbloquear seus anúncios em parte é explicado pelo aumento rápido de usuários de programas do tipo.
Segundo a Monday Note, 5% dos usuários de internet no mundo (144 milhões de pessoas) usaram softwares para bloquear anúncios só no primeiro trimestre de 2014. 2 entre 3 usam a partir do Chrome e do Firefox.
Em 2010, eram cerca de 20 milhões de usuários.
A popularidade desses programas foi crescendo lentamente, chegando a cerca de 50 milhões de pessoas em janeiro de 2013. Ali, houve um boom. Em pouco mais de um ano, tinha quase triplicado.