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Projeto Sonho Brasileiro analisa perfil do jovem

Estudo da Box1824 mostra que nova geração tem comportamento mais coletivo e atuante

Box1824: nova juventude tem “drivers”, como hiperconexão, não-dualismo e micro-revoluções que a difere das gerações que vieram antes (Reprodução)

Box1824: nova juventude tem “drivers”, como hiperconexão, não-dualismo e micro-revoluções que a difere das gerações que vieram antes (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2011 às 09h45.

São Paulo - Os jovens de 18 a 24 anos apresentam orgulho em ser brasileiro e otimismo quanto ao futuro do país, de acordo com o Projeto Sonho Brasileiro, divulgado nesta segunda-feira (13), pela Box1824, empresa com atuação no mapeamento de tendências de comportamento. A nova geração demonstra também um comportamento mais coletivo e atuante na sociedade.

89% dos jovens disseram ter orgulho do país, enquanto 11% afirmaram ter vergonha. E 75% pensam que o Brasil está mudando para melhor. De acordo com Gabriel Milanez, sociólogo, o resultado reflete dois aspectos: “Pelo viés interno, o Brasil está melhor do que no passado, é um lugar onde as coisas são possíveis; e pelo lado externo, o mundo está reconhecendo o país”, diz.

Entre os quesitos de projeção, somente o confronto entre e ética e corrupção é pessimista. 43% dos participantes analisam que nação estará mais próxima da corrupção nos próximos anos do que da ética, que ficou com 38%.

De acordo com o projeto, a nova juventude tem “drivers”, como hiperconexão, não-dualismo e micro-revoluções que a difere das gerações que vieram antes. Com isso, fogem de conceitos como bipolarização e acreditam, 92%, em ações pequenas que aos poucos vão transformando a realidade das pessoas.

A “Brasília política”, como denominam a “política velha” já não diz muito para eles, em um cenário em que 59% afirmam não ter partidos políticos e 83% analisam que os políticos se afastaram da essência da atividade da política.

Essa postura também reflete no universo do consumo, em um quadro em que os jovens consideram que demanda elevada, como explica Milanez. “O consumo para eles é uma atitude política. Têm uma visão mais crítica das empresas e cobrem um papel social delas. Eles não esperam marcas que se posicionem pelo discurso, mas que ajam. E transparência é uma palavra muito forte, no âmbito do governo ou da empresas”.

A pesquisa chegou também ao que se denominou de “transformadores” ou “jovens-pontes”, pessoas que se caracterizam por agir nas mais diversas áreas, seja em projetos de sócioeducativos, cultura ou economia comunitária.

“Todos eles acreditam que estão transformando a sociedade. Se pegarmos estas micro-revoluções teremos um impacto muito grande”, defende Carla mayumi, sócia da Box1824. 8% dos entrevistados se encaixam neste perfil, o que significaria dois milhões de jovens, se aplicado o percentual ao total de brasileiros com faixa etária de 18 a 24, cerca de 26 milhões, segundo dados do IBGE.

A pesquisa, na fase quantitativa realizada pelo Datafolha, entrevistou 1784 pessoas de 173 cidades em 23 estados do Brasil, com perfis sociais distintos, das classes A a E.

Na fase qualitativa, foram entrevistos jovens, das classes A, B e C, que residem nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre.

O estudo recebeu patrocínio das marcas Itaú e Pepsi, além do apoio de mídia da Globo. A partir do dia 20 de junho, todo o material será disponibilizado no site.

Assista ao vídeo da pesquisa.

[vimeo http://www.vimeo.com/23961285 w=590&h=332]

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