As Olimpíadas e as parcerias que valem ouro
Exemplo disso é o nadador 'Eric, a Enguia', que teve sua história no esporte mudada com o contrato de patrocínio com a Speedo; entenda
Colunista
Publicado em 14 de junho de 2024 às 10h09.
Última atualização em 14 de junho de 2024 às 10h18.
Os Jogos Olímpicos são marcados por competitividade e alto desempenho. Por isso chamou tanta atenção quando o nadador Eric Moussambani Malonga, conhecido como “Eric, a Enguia”, chegou às Olimpíadas de Sydney, em 2000, para competir sem nunca ter visto uma piscina olímpica antes.
Até chegar à maior competição esportiva do mundo, Malonga treinava na piscina de um hotel, em seu país de origem, a Guiné-Bissau. Ele aprendeu a nadar sozinho e estudava o esporte. Quando chegou a sua vez de competir, Malonga mergulhou desajeitado na piscina olímpica e lutou bravamente para completar os 100 metros livres.
O tempo do atleta foi significativamente mais lento que o dos nadadores profissionais, mas seu esforço e determinação lhe renderiam frutos. O mais importante, além da atenção global, foi o contrato de patrocínio com a Speedo, que deu ao nadador uma oportunidade única de conexão com valores de superação e persistência.
Esse patrocínio não apenas mudou a vida de Malonga, proporcionando-lhe melhores condições de treino. Ele também colocou a Speedo no radar do imaginário público naquele momento.
Este é apenas um exemplo de como a relação das marcas com o esporte ultrapassa a simples exibição de logotipos e banners. Ele é uma ferramenta estratégica que transforma a experiência do público e gera um impacto duradouro na percepção da marca.
Nas Olimpíadas de Londres em 2012, a Coca-Cola inovou com o “ Coca-Cola Beatbox ”, uma estrutura interativa onde os visitantes podiam criar as próprias músicas usando sons dos esportes olímpicos.
Da mesma forma, nas Olimpíadas de Inverno de Pyeongchang em 2018, a Samsung destacou suas inovações tecnológicas com os “ Samsung Olympic Showcases ”. Os visitantes podiam experimentar dispositivos de última geração e participar de simulações de esportes de inverno em realidade virtual.
Outros eventos esportivos também servem como palco para ativações memoráveis. Na UEFA Champions League, a Heineken criou a “ Heineken Star Experience ”, que permite aos fãs assistir a uma partida ao vivo em um ambiente imersivo, repleto de jogos interativos e brindes exclusivos. Essa relação de patrocínio, que chegou a três décadas, é um sinônimo de sucesso. A Budweiser também promoveu ações semelhantes no Super Bowl.
Para os torneios, clubes, atletas ou eventos patrocinados, está claro de que parcerias assim são um golaço. Mas e para as marcas?
Os poucos exemplos que consigo citar aqui brevemente já deixam claro como ações de marcas atreladas aos esportes não apenas geram visibilidade. Elas aumentam o engajamento do público. E mais: elas contam uma boa história.
Através de ativações temáticas e campanhas alinhadas aos valores dos eventos, as marcas conseguem reforçar sua identidade e comunicar seus valores de forma coerente e impactante.
Outro fator que conta pontos é que as ativações em eventos esportivos permitem que as marcas coletem dados valiosos sobre o comportamento e as preferências dos consumidores. Esses insights ajudam a refinar estratégias de marketing futuras e a melhorar a personalização das campanhas.
Em um cenário no qual a concorrência por atenção é intensa, conseguir criar experiências memoráveis e positivas é chegar ao ouro! Mérito que, como sabemos, depende de uma boa parceria.