São Paulo - Que a Copa do Mundo de 2014 terá classicos do futebol dentro de campo, ninguém duvida. Mas o evento sediado no Brasil também será palco de grandes disputas entre patrocinadores ligados ao torneio, uma lista recheada de concorrentes diretos. A briga por visibilidade promete não ser nada amistosa. De um lado estão os parceiros da Fifa, que, segundo estimativas de especialistas, desembolsaram cerca de 150 milhões de reais para participar do torneio. Do outro lado do campo, apoiadores da CBF, cuja cota de patrocínio é avaliada em cerca de 23 milhões de reais. Na equação de um campeonato, nem sempre mais dinheiro quer dizer mais projeção - e a estratégia das marcas para despertar as paixões dos torcedores prometem dar uma lição de publicidade. Confira os grandes rivais que se enfrentaram durante a Copa.
Fabricante da bola Brazuca e parceira da Fifa desde os anos 1970, a Adidas irá esbarrar em chuteiras e camisas da Nike vestidas pelos jogadores da seleção brasileira. O embate entre as duas líderes globais de artigos esportivos promete: a Adidas começou 2014 nomeando um novo gerente de marcas, o jovem executivo Eric Liedtke, para recuperar o espaço perdido para a rival ano passado. A Copa será seu primeiro teste.
Patrocinadora oficial da Copa do Mundo desde 1978, a Coca-Cola montou um plano grandioso de comunicação, orquestrando diversas ações, desde um tour mundial da Taça ao relançamento da icônica coleção de miniaturas que fez sucesso nos anos 80. Mas sua presença no evento poderá ser ofuscada pelo Guaraná (Ambev), que tem contrato com a CBF, e também apostou em promoções de grande dimensão, como a Seleção de Prêmios Guaraná Antarctica.
Parceira da Fifa desde 2007, a Sony ganhou um oponente de peso com a assinatura do contrato entre a Samsung e a seleção em 2013 - uma parceria que dará à CBF aproximadamente 13,7 milhões de reais por ano, segundo informações da empresa. Mas a rival também tem suas armas: para garantir visibilidade, a Sony negociou o uso, em todos os jogos, de uma tecnologia capaz de escarecer gols duvidosos, com um chip na bola e nas traves.
Mundialmente, as empresas de seguros são grandes patrocinadoras do esporte. Em 2014, o embate será entre a Liberty Seguros, patrocinadora da Copa, e a Unimed Seguros, parceira comercial da seleção. A Liberty fechou seu contrato em 2011, enquanto a Unimed garantiu a presença do seu logotipo nos eventos da seleção em 2013, após estampar as camisas do Palmeiras e do Fluminense.
Parceira da Fifa, a Oi irá vai fornecer toda a infraestrutura de telecomunicações necessária para a realização do Mundial, investindo o que estima-se em 150 milhões de reais pela cota de patrocínio. Do outro lado, enquanto parceira da seleção, a Vivo aposta na identificação do público com os ídolos nacionais, em ações centralizadas através do conceito "Eu Vivo Esporte".
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Em entrevista à EXAME, Mia Nygren detalha como a plataforma, há dez anos no mercado brasileiro, busca equilibrar preço, experiência do usuário e novas tecnologias para continuar sua expansão