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O mar não está para plástico na Corona

Cerveja da AB InBev e organização Parley For The Oceans lançam no Brasil um projeto global de combate ao plástico nos oceanos

Onda de resíduos: instalação em Londres, parte do projeto global da marca. (Joe Maher/Getty Images)

Onda de resíduos: instalação em Londres, parte do projeto global da marca. (Joe Maher/Getty Images)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 24 de fevereiro de 2019 às 08h22.

São Paulo - O lixo plástico não encontra fronteiras. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que até 2050 haverá mais resíduos do material derivado de petróleo nos oceanos do que peixes. É um alerta que convida todo mundo  governos, consumidores e empresas a fazer sua parte. E a marca de cerveja Corona, da Anheuser-Busch InBev SA, está surfando essa onda como ninguém.

Em 2017, a Corona anunciou a meta de limpar e proteger 100 praias ao redor do mundo até 2020, em parceria com a organização Parley For The Oceans, rede de combate à poluição marinha por lixo plástico.   

O projeto, que se alinha com o posicionamento da marca (de uma bebida que vai bem em dias quentes ou em viagens à praia), começou em seis países México, Chile, República Dominicana, Maldivas, Itália e Austrália. Agora, chegou ao Brasil.

No último domingo (17), a marca realizou seu primeiro mutirão para limpar algumas praias na ilha de Fernando de Noronha. Sinônimo mundial de turismo ecológico, o arquipélago é a primeira região do Brasil a proibir o uso e comercialização de plásticos descartáveis, como copos, talheres, pratos e, claro, canudinhos. Em apenas um final de semana, 119 quilos de lixo deixaram de chegar ao mar.

A marca também realizou palestras de conscientização para mais de 100 pessoas, além de promover uma ação voltada a acelerar o fim do uso de plástico entre os comerciantes, moradores e visitantes de Noronha. Para mobilizar mais pessoas para a causa, o surfista Gabriel Medina – que é embaixador de Corona e agora do projeto – postou imagens da iniciativa CoronaxParley em suas redes sociais.

https://www.instagram.com/p/Bt_43raAJr0/

"Quem acompanha a cerveja sabe que, como uma marca que nasceu na praia e que te convida a aproveitar a vida do lado de fora, Corona se importa com a natureza e quer ter certeza de que ela está protegida. Esse é um primeiro passo para atrair atenção para o problema, a fim de garantir uma mudança de longo prazo na atitude de cada um de nós em relação ao lixo e, claro, quanto ao uso de materiais plástico", diz ao site EXAME, Bruna Buás, diretora de marketing de Corona.

No Brasil, ao longo de 2019, Corona e Parley realizarão mais de 20 limpezas de praias e diversas campanhas e iniciativas de conscientização e de mobilização para combater o lixo nos oceanos. O projeto global já recolheu mais de 1.500 toneladas de lixo plástico de praias de 15 países, engajando 7 mil voluntários.

"Primeiro, a Parley analisa o plástico retirado para definir a melhor solução para o material. O plástico, então, pode ser enviado para reciclagem, ou armazenado e utilizado para criar outros materiais, como fizemos globalmente, com a criação de ecobags e de uma linha de camisetas, por exemplo", explica Bruna. Em Fernando de Noronha, o plástico coletado foi enviado para empresas parceiras do projeto para que sejam reciclados.

A Corona é a marca líder no México e importada para mais de 120 países através da gigante de cerveja Anheuser-Busch InBev. A versão Corona Extra foi introduzida no mercado americano em 1981 e tornou-se a cerveja importada que mais cresce na história dos EUA. Corona aparece na posição 74 da lista de marcas mais valiosas do mundo da Forbes, com US$ 8,8 bilhões em valor.

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