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Mineiros chilenos criam sociedade anônima para explorar experiência

Após 69 dias a 700 metros de profundidade, os 33 mineiros resgatados concordaram em criar uma sociedade anônima para proteger, licenciar e explorar direitos autorais

Sociedade anônima irá cuidar dos direitos autorais e de imagem em filmes, livros e outros produtos gerados a partir da história do resgate (Andrew Yates/AFP)
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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2010 às 14h17.

Santiago - Os 33 mineiros resgatados no Chile depois de um período de 69 dias a 700 metros de profundidade concordaram em criar uma sociedade anônima para proteger, licenciar e explorar os direitos autorais e de imagem em filmes, livros e outros produtos gerados a partir de sua história, informa a imprensa local.

"Com esta etapa, nós, os mineiros, estabelecemos uma organização legal e conseguimos uma assessoria de primeiro nível, que nos permitirá colocar nossos direitos no mercado mundial, com o objetivo da realização de filmes, livros e demais produtos", afirmam os trabalhadores em um comunicado publicado pelo jornal La Tercera.

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Os 33 mineiros, cujo resgate foi transmitido e acompanhado por milhões de pessoas de todo o mundo, contrataram um escritório de advocacia chileno e designaram Omar Reygadas, Raúl Bustos e Juan Illanes como representantes nas negociações de comercialização.

Depois que todos os mineiros assinarem o documento que oficializa o acordo, os 33 serão sócios em partes iguais da sociedade anônima, que ainda não tem nome, e que receberá 80% do faturamento gerado pelos direitos.

Paralelamente, uma sociedade com a participação de investidores representará os mineiros nas negociações e receberá 20% do faturamento.

Segundo a declaração dos 33 mineiros do Atacama, o acordo "permite formalizar o pacto de silêncio que permanece inalterado desde o resgate". Além disso, contempla a possibilidade de que cada mineiro possa comercializar seus direitos individuais em conferências, entrevistas ou qualquer outro produto.

"O primeiro objetivo disto é dizer: os mineiros estão organizados. O segundo, comunicar que estes direitos têm donos. O terceiro, explicar que ninguém foi autorizado a usá-los", disse o advogado que representa os trabalhadores, Jaime Carey.

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