Marca de roupa vende cachorros como se fossem 'acessórios'
Marca britânica Lyst está sob intenso ataque de consumidores após criar seção em seu site para vender cachorros e chamá-los de "acessórios"
Guilherme Dearo
Publicado em 10 de maio de 2016 às 15h31.
*atualizado em 10/5 às 15h20
São Paulo - A Lyst, uma marca britânica de moda , está sofrendo ataques intensos nas redes sociais após inaugurar uma nova seção em seu site para vender cachorros .
Dálmata, Poodle, Pastor Alemão, Pug, Beagle: estão todos à venda por preços na casa das 500 libras. A "coleção" foi chamada de "Canine Collection". São 33 raças diferentes.
A marca descreve os animais como "perfeitos acessórios" para combinar com roupas, bolsas e jóias.
Clicando em um cachorro, há uma descrição detalhada sobre a raça e por que ele seria uma boa compra. Ao clicar em "pre-order", o site abre um email para você enviar para "caninecare@ly.st".
Claro: o tratamento dos cachorros como se fossem peças fashion foi duramente criticado pelos consumidores.
Críticas
A Advertising Standards Authority (ASA), órgão que regula a propaganda no Reino Unido, já recebeu diversas críticas formais para investigar o caso.
Já a "The Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals" (RSPCA), disse à imprensa inglesa que a mensagem da Lyst é "preocupante".
A ONG Dog Trust, que acha que tudo não passa de uma armação, disse que a situação dá atenção ao preocupante problema de pessoas que compram cachorros apenas por "impulso consumista".
Nas redes sociais, vários consumidores também criticaram.
Viral
A ideia da Lyst é tão absurda e fora dos padrões que há a forte suspeita de que tudo seja uma piada proposital da marca, que planeja alguma estratégia publicitária por trás.
Criando a polêmica, espalha-se um viral pela internet. Provavelmente, uma parceria da marca com alguma instituição que cuida de animais carentes e promove doações.
O Daily Mail, jornal britânico, já levantou essa suspeita. O site Business Insider também.
Os textos criados para falar dos cachorros soam absurdos demais para qualquer pessoa ou empresa, mesmo para aquelas com pouco bom senso.
A resposta oficial da marca tem um tom que já deixa um tanto óbvio que tudo não passa de um viral para alertar as pessoas sobre o "consumismo de cachorros":
"Nós estamos surpresos com as reações negativas nas redes sociais, afinal, é o lugar onde as pessoas adoram mostrar seus cachorros como acessórios. Quem não ama um pequeno filhote em sua bolsa?", a marca escreveu.
O chefe de marketing da marca, Christian Woolfenden, é famoso por adorar pegadinhas e virais do tipo. Ele já criou situações similares nos últimos anos, quando trabalhava na Lyst e também quando era CMO de outras empresas.
A página The Malcontent já garantiu que tudo não passa de viral e a agência Social Chain é a responsável pela criação.
--
Atualização
Como era de se imaginar, tudo não passou de um viral da marca.
No Facebook, ela comentou sobre o número de cães abandonados - 3,9 milhões - e escreveu: "Cachorros não são um acessório fashion. Um cachorro é para a vida, não apenas para o Instagram".
No site, a Lyst comentou: "É claro que não vendemos filhotinhos por aqui".
*atualizado em 10/5 às 15h20
São Paulo - A Lyst, uma marca britânica de moda , está sofrendo ataques intensos nas redes sociais após inaugurar uma nova seção em seu site para vender cachorros .
Dálmata, Poodle, Pastor Alemão, Pug, Beagle: estão todos à venda por preços na casa das 500 libras. A "coleção" foi chamada de "Canine Collection". São 33 raças diferentes.
A marca descreve os animais como "perfeitos acessórios" para combinar com roupas, bolsas e jóias.
Clicando em um cachorro, há uma descrição detalhada sobre a raça e por que ele seria uma boa compra. Ao clicar em "pre-order", o site abre um email para você enviar para "caninecare@ly.st".
Claro: o tratamento dos cachorros como se fossem peças fashion foi duramente criticado pelos consumidores.
Críticas
A Advertising Standards Authority (ASA), órgão que regula a propaganda no Reino Unido, já recebeu diversas críticas formais para investigar o caso.
Já a "The Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals" (RSPCA), disse à imprensa inglesa que a mensagem da Lyst é "preocupante".
A ONG Dog Trust, que acha que tudo não passa de uma armação, disse que a situação dá atenção ao preocupante problema de pessoas que compram cachorros apenas por "impulso consumista".
Nas redes sociais, vários consumidores também criticaram.
Viral
A ideia da Lyst é tão absurda e fora dos padrões que há a forte suspeita de que tudo seja uma piada proposital da marca, que planeja alguma estratégia publicitária por trás.
Criando a polêmica, espalha-se um viral pela internet. Provavelmente, uma parceria da marca com alguma instituição que cuida de animais carentes e promove doações.
O Daily Mail, jornal britânico, já levantou essa suspeita. O site Business Insider também.
Os textos criados para falar dos cachorros soam absurdos demais para qualquer pessoa ou empresa, mesmo para aquelas com pouco bom senso.
A resposta oficial da marca tem um tom que já deixa um tanto óbvio que tudo não passa de um viral para alertar as pessoas sobre o "consumismo de cachorros":
"Nós estamos surpresos com as reações negativas nas redes sociais, afinal, é o lugar onde as pessoas adoram mostrar seus cachorros como acessórios. Quem não ama um pequeno filhote em sua bolsa?", a marca escreveu.
O chefe de marketing da marca, Christian Woolfenden, é famoso por adorar pegadinhas e virais do tipo. Ele já criou situações similares nos últimos anos, quando trabalhava na Lyst e também quando era CMO de outras empresas.
A página The Malcontent já garantiu que tudo não passa de viral e a agência Social Chain é a responsável pela criação.
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Atualização
Como era de se imaginar, tudo não passou de um viral da marca.
No Facebook, ela comentou sobre o número de cães abandonados - 3,9 milhões - e escreveu: "Cachorros não são um acessório fashion. Um cachorro é para a vida, não apenas para o Instagram".
No site, a Lyst comentou: "É claro que não vendemos filhotinhos por aqui".