Ao colocar a marca Fnac em produtos como mouses e teclados, a empresa multiplica em quase duas vezes a rentabilidade destes itens (./Divulgação)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.
Rio de Janeiro - A Fnac tem uma meta ambiciosa para cumprir em um ano. A rede pretende substituir até 40% do seu faturamento com produtos próprios. Um projeto global formado pela cadeia de eletrônicos, música e livros está em fase final de desenvolvimento de marcas próprias para ser lançado antes do Natal deste ano. Os primeiros produtos a chegarem às prateleiras do Brasil no segundo semestre são itens de informática, como periféricos, acessórios e mochilas para notebooks.
Até março, a empresa tem a expectativa de estar com todos os produtos de linha própria no Brasil, como computadores e notebooks. Em um ano, o objetivo é disponibilizar ao consumidor itens eletrônicos, como TVs e DVDs com tecnologia e design diferenciados. Ao colocar a marca Fnac em produtos como mouses e teclados, a empresa multiplica em quase duas vezes a rentabilidade destes itens.
O projeto inicial da rede que faz parte do grupo francês PPR consiste em substituir produtos de marcas inexpressivas importados da China para vender no Brasil. O modelo da Fnac inclui o desenvolvimento de portfólios desde a concepção até o pós-venda. Cada país onde a varejista está presente é responsável por uma linha. O Brasil comanda o lançamento de acessórios e periféricos.
Concorrência será com os pequenos
"No vamos brigar com a LG ou com a Sony" afirma Pierre Gabriel Paparemborde, dretor de produto da Fnac. "rimeiramente vamos atuar onde há submarcas, substituindo produtos chineses de primeiro preço" explica o executivo, durante o 1º Congresso Nacional de Marcas Próprias, evento realizado ontem, dia 8, em São Paulo, pela Abmapro (Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização) e pela GS&MD Gouvêa de Souza.
Ao desenvolver um portfólio de marca própria, a Fnac sabe que não é suficiente imprimir o seu logotipo nos produtos e colocá-los na gôndola. " dificuldade maior é ter a expertise que o varejo não tem, como fornecimento e marketing de produto, que vai desde a sua concepção até a imagem da marca e o pós-venda, passando pelo design e pela embalagem" conta Gabriel Paparemborde.
Outro desafio a ser enfrentado é com relação à tecnologia, que vive estágios diferentes na Europa e no Brasil. Para a operação local, o que poderia ser uma desvantagem se transforma em uma força. "Vamos trazer para o Brasil um tablet touch screen com acesso a internet, GPS e DVD, muito próprio para carros", adianta Gabriel Paparemborde.
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