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Fifa identifica uso ilegal de marca da Copa no Brasil

Foram identificados mais de 100 casos de utilização ilegal das marcas das Copas das Confederações e do Mundo no Brasil - o chamado "marketing de emboscada"

A Fifa detém exclusividade do uso comercial de termos como "Mundial 2014", "Copa do Mundo", "Copa 2014" ou "São Paulo 2014" (REUTERS/Pilar Olivares)
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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 11h15.

Rio de Janeiro - Nos últimos seis meses, a Fifa identificou mais de 100 casos de utilização ilegal das marcas - o chamado "marketing de emboscada" - das Copas das Confederações e do Mundo no Brasil.

O número de ocorrências supera o da África do Sul, que sediou as duas competições em 2009 e 2010. A maioria dos casos, segundo a Fifa, envolveu pequenas empresas e não houve necessidade de acionar a Justiça em nenhum deles.

A Fifa detém exclusividade do uso comercial de termos como "Mundial 2014", "Copa do Mundo", "Copa 2014" ou "São Paulo 2014", por exemplo, no caso da capital paulista, que vai sediar a abertura do Mundial no ano que vem (e o mesmo vale para as outras sedes). O governo federal, entretanto, possui uma "licença exclusiva" para usar os termos.

"Precisamos proteger os direitos dos nossos parceiros comerciais. Sem o dinheiro deles, não seria possível organizar eventos como esses", disse ontem no Rio o diretor de Marketing da Fifa, Thierry Weil. "Mas não estamos dizendo que só os nossos parceiros podem lucrar com a Copa. Já foi comprovado, na Alemanha (2006) e na África do Sul (2010), que lojistas locais ganharam muito dinheiro", afirmou.

O responsável pelo programa de proteção às marcas da Fifa, Auke-Jan Bossenbroek, não soube dizer quantos casos foram identificados na África do Sul, mas assegurou que o número de agora - "mais de 100" - é maior.


"Conseguimos resolver a maioria deles entrando em contato e dizendo que poderiam ter problemas", disse Bossenbroek. "O que nos irrita", afirmou Weil, "são as grandes companhias, que sabem estar fazendo algo de errado".

Em 2010, na África, a Fifa expulsou 36 torcedoras da Holanda durante jogo contra a Dinamarca, em Johannesburgo. Todas usavam a mesma roupa na cor laranja, cedida por uma cervejaria holandesa. "Se não fizermos nada, onde vai parar?", disse Weil.

O entorno dos estádios terá uma área de restrição comercial, onde estarão proibidos, por exemplo, os ambulantes não autorizados. "As áreas estão sendo definidas, de estádio para estádio", afirmou Bossenbroek.

A fiscalização, em dias de jogos, será feita por "duas ou três pessoas" da Fifa que vão circular pelo entorno das arenas e reportar os casos às autoridades locais de segurança, "até porque não temos poder de polícia", frisou o responsável pelo programa de proteção às marcas.

Para as Copas das Confederações e do Mundo, a Fifa já fechou o pacote de parceiros comerciais: são 20, ao todo - sete em nível 1, oito em nível 2 e cinco locais, do Brasil.

"Fechamos há duas semanas e alcançamos o valor de US$ 1,4 bilhão (R$ 3,012 bilhões), que inclui produtos em permuta, como os 5 milhões de refrigerantes para a Copa do Mundo, ou os 1.500 carros que vão transportar autoridades e delegações", disse Weil.

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Rio de Janeiro - Nos últimos seis meses, a Fifa identificou mais de 100 casos de utilização ilegal das marcas - o chamado "marketing de emboscada" - das Copas das Confederações e do Mundo no Brasil.

O número de ocorrências supera o da África do Sul, que sediou as duas competições em 2009 e 2010. A maioria dos casos, segundo a Fifa, envolveu pequenas empresas e não houve necessidade de acionar a Justiça em nenhum deles.

A Fifa detém exclusividade do uso comercial de termos como "Mundial 2014", "Copa do Mundo", "Copa 2014" ou "São Paulo 2014", por exemplo, no caso da capital paulista, que vai sediar a abertura do Mundial no ano que vem (e o mesmo vale para as outras sedes). O governo federal, entretanto, possui uma "licença exclusiva" para usar os termos.

"Precisamos proteger os direitos dos nossos parceiros comerciais. Sem o dinheiro deles, não seria possível organizar eventos como esses", disse ontem no Rio o diretor de Marketing da Fifa, Thierry Weil. "Mas não estamos dizendo que só os nossos parceiros podem lucrar com a Copa. Já foi comprovado, na Alemanha (2006) e na África do Sul (2010), que lojistas locais ganharam muito dinheiro", afirmou.

O responsável pelo programa de proteção às marcas da Fifa, Auke-Jan Bossenbroek, não soube dizer quantos casos foram identificados na África do Sul, mas assegurou que o número de agora - "mais de 100" - é maior.


"Conseguimos resolver a maioria deles entrando em contato e dizendo que poderiam ter problemas", disse Bossenbroek. "O que nos irrita", afirmou Weil, "são as grandes companhias, que sabem estar fazendo algo de errado".

Em 2010, na África, a Fifa expulsou 36 torcedoras da Holanda durante jogo contra a Dinamarca, em Johannesburgo. Todas usavam a mesma roupa na cor laranja, cedida por uma cervejaria holandesa. "Se não fizermos nada, onde vai parar?", disse Weil.

O entorno dos estádios terá uma área de restrição comercial, onde estarão proibidos, por exemplo, os ambulantes não autorizados. "As áreas estão sendo definidas, de estádio para estádio", afirmou Bossenbroek.

A fiscalização, em dias de jogos, será feita por "duas ou três pessoas" da Fifa que vão circular pelo entorno das arenas e reportar os casos às autoridades locais de segurança, "até porque não temos poder de polícia", frisou o responsável pelo programa de proteção às marcas.

Para as Copas das Confederações e do Mundo, a Fifa já fechou o pacote de parceiros comerciais: são 20, ao todo - sete em nível 1, oito em nível 2 e cinco locais, do Brasil.

"Fechamos há duas semanas e alcançamos o valor de US$ 1,4 bilhão (R$ 3,012 bilhões), que inclui produtos em permuta, como os 5 milhões de refrigerantes para a Copa do Mundo, ou os 1.500 carros que vão transportar autoridades e delegações", disse Weil.

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