Empresas apostam em fidelidade e ofertas exclusivas para contornar o fim dos cookies
Empresas buscam soluções para manter a eficácia de suas campanhas, enquanto consumidores ganham experiências mais personalizadas e controle sobre seus dados
EXAME Solutions
Publicado em 6 de outubro de 2023 às 08h00.
Última atualização em 23 de outubro de 2023 às 17h55.
A era digital trouxe consigo uma série de benefícios, mas também desafios inéditos. Segundo o "Marketing Intelligence Report", pesquisa conduzida pela Salesforce Research, as políticas de privacidade estão no centro das atenções, com 90% dos profissionais de marketing afirmando que essas mudanças redefiniram a forma como avaliam o sucesso de suas campanhas.
Neste cenário, a mensuração do Retorno sobre Investimento (ROI) tornou-se um desafio. Antes, era comum rastrear o comportamento do usuário através de cookies de terceiros. Agora, com as novas regulamentações, essa estratégia enfrenta obstáculos.
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Então, como o setor está respondendo? Uma das respostas é o investimento em programas de fidelidade. Estes sistemas, que recompensam os clientes por sua lealdade com pontos, descontos ou produtos exclusivos, estão ganhando destaque. Eles não só incentivam a lealdade do cliente, mas também fornecem às empresas dados valiosos diretamente da fonte.
Outra abordagem em ascensão é a oferta personalizada. Com base no histórico de compras, uma loja pode, por exemplo, enviar ofertas exclusivas, aumentando a probabilidade de engajamento e compra.
Para os consumidores, essas mudanças apresentam aspectos positivos e negativos. A ênfase em programas de fidelidade e ofertas personalizadas indica uma tentativa das empresas de se conectarem diretamente com seus clientes, proporcionando experiências mais personalizadas e relevantes.
Por outro lado, a constante coleta e análise de dados para essas personalizações pode ser percebida como invasiva por alguns consumidores, gerando preocupações sobre a privacidade e a quantidade de informações pessoais que estão sendo compartilhadas.
Além disso, a transição para práticas de coleta de dados mais transparentes e consentidas é um passo positivo, mas ainda deixa aberta a questão de quão bem os consumidorescompreendem essas práticas e os potenciais riscos associados. Afinal, ter maior controle sobre seus dados é valioso apenas se os consumidores estiverem plenamente cientes de como e por que seus dados estão sendo usados.
Esta qualidade de consciência também é refletida no setor de marketing. Em um mercado saturado de informações, quase 80% dos profissionais de marketing agora priorizam a coleta de dados mais relevantes e precisos.
Com tanta informação em jogo, a agilidade na análise desses dados tornou-se crucial. Em um ambiente de marketing dinâmico, esperar um mês para avaliar uma campanha não é mais viável, levando a maioria a buscar insights mais imediatos.