Exame Logo

Em queda, McDonald’s tenta mudar para conquistar geração Y

Novas gerações já não amam tanto a rede de fast food; com vendas em queda, empresa tenta se reinventar

Loja do McDonald's em São Paulo: empresa tenta conquistar novas gerações (Germano Lüders/EXAME.com)

Guilherme Dearo

Publicado em 19 de dezembro de 2014 às 12h21.

São Paulo - Os jovens já não são mais os mesmos. Assim como o McDonald's . E eles já não amam tanto tudo isso.

Nos últimos anos, a rede de fast food americana enfrenta queda nas vendas e receita. No último mês, por exemplo, reportou queda de 2,2% nas vendas globais em relação a novembro passado.

Agora, ela tentar mudar sua imagem e estratégia para atrair a geração Y , chamada também de 'millennials'.

São os jovens nascidos depois de 1980 até o começo dos anos 1990. Todos, hoje, na casa dos 20 e 30 anos. Uma geração que cresceu com os avanços tecnológicos e a internet.

Essa geração já não é mais atraída pela imagem de fast food. Está muita mais conectada às ideias de comidas frescas, alimentação saudável, orgânicos etc.

Outro problema: enquanto o McDonald's se prende a opções fixas no menu, outras redes americanas em ascensão como Chipotle, Five Guys e Panera Bread oferecem opções customizadas e mais saudáveis.

Not Lovin' it

Segundo o Technomic, o número de jovens entre 19 e 21 anos que visitam o McDonald's mensalmente caiu 13% desde 2011.

Já a visita frequente daqueles entre 22 e 37 anos estagnou. Ou seja, os clientes fieis estão envelhecendo; os novos não são fisgados.

Em uma recente pesquisa com os millennials nos EUA, o YouGov BrandIndex listou as cadeias de restaurantes que eles mais gostam.

As cinco mais citadas foram: Jimmy John's, Chiplote, Chick-fil-A, Whataburger e Subway .

O McDonald's apareceu só na 15ª colocação. Outras redes tradicionais de fast food também ficaram mal na lista, como Burger King (14º) e KFC (12º).

Mudanças

Nos Estados Unidos, a empresa buscou diversas agências de publicidade procurando por uma "grande ideia".

A ideia principal é apelar para a filantropia. A rede quer engajar a geração Y em projetos de caridade. É sabido que essa geração é mais engajada e ligada a projetos sociais e de filantropia.

É importante para a rede, também mudar a percepção de marca : ligar o nome do McDonald's ao conceito de empresa cidadã e responsável.

Em relação ao menu, diversas mudanças também já foram colocadas em prática ou ainda estão por vir.

Maçãs, saladas, cenouras. Gastaram, por exemplo, dois anos em pesquisa para criar o McWrap, em uma tentativa de competir com o Subway.

Outra ação foi criar, em algumas unidades, um "build-your-own-burger", apelando para as tendências de customização e self-service de outras lanchonetes.

Um menu flexível e personalizado é, por exemplo, a marca da rede Chiplote - uma das "novas rivais" do McDonald's nos EUA.

Na semana passada, a empresa anunciou que iria cortar, a partir de janeiro, diversos itens do menu, em uma tentativa de simplificar as opções e diminuir o tempo de atendimento.

Nos últimos sete anos, os itens no menu saltaram de 85 para 121, aumento de 42,4%.

Quatro grandes problemas

Em uma recente entrevista, o CEO Don Thompson mostrou quais são os quatro grandes problemas que a marca enfrenta para se consolidar no século 21.

1. Oferecer o melhor preço: segundo Thompson, a empresa focou nos últimos anos em novos itens "premium", como o Angus Beef, mas a força da marca reside na oferta de preços baixos, nos itens clássicos com preços que mais pessoas podem pagar.

2. Serviço customizado: o serviço de drive-thru piorou nos últimos anos por conta da complexidade do menu. Esse problema já está sendo combatido com o anúncio de simplificação do cardápio.

3. Imagem da marca: segundo o CEO, a empresa precisa se preocupar com a sua imagem de "junk food". É preciso combater os boatos sobre as procedências das carnes, a higiene dos restaurantes e a ideia de que seus lanches são ruins para a saúde.

4. Menu simplificado: franquias reclamam que os preços estão aumentando muito por conta dos novos equipamentos e itens que precisam ser adquiridos - por causa do cardápio inflacionado. A empresa está perdendo dinheiro com os custos aumentando, mas as vendas caindo.

São Paulo - A Interbrand divulgou hoje (9) o seu estudo Best Global Brands, que lista as marcas mais valiosas do mundo. Apple e Google aparecem na liderança pelo segundo ano consecutivo. Mas uma novidade: pela primeira vez, marcas do ranking ultrapassaram o valor de 100 bilhões de dólares. Entre as que mais cresceram em relação a 2013, estão Facebook , Audi , Amazon , Volkswagen e Nissan . Não há marcas brasileiras na lista. A única entre os Brics a aparecer é a Huawei, chinesa, na 94ª posição.  Veja a seguir as 20 marcas mais valiosas:
  • 2. 1. Apple

    2 /20(Anthony Wallace/AFP)

  • Veja também

    PaísEUA
    SegmentoTecnologia
    Valor da marcaUS$ 118.863 bi
    Variação 2013-2014+21%
  • 3. 2. Google

    3 /20(Georges Gobet/AFP)

  • PaísEUA
    SegmentoTecnologia
    Valor da marcaUS$107.439bi
    Variação 2013-2014+15%
  • 4. 3. Coca-Cola

    4 /20(Reprodução/Coca-Cola)

    PaísEUA
    SegmentoBebidas
    Valor da marcaUS$ 81.563 bi
    Variação 2013-2014+3%
  • 5. 4. IBM

    5 /20(Getty Images)

    PaísEUA
    SegmentoTecnologia
    Valor da marcaUS$ 72.224 bi
    Variação 2013-2014-8%
  • 6. 5. Microsoft

    6 /20(Getty Images)

    PaísEUA
    SegmentoTecnologia
    Valor da marcaUS$ 61.154 bi
    Variação 2013-2014+3%
  • 7. 6. General Electric

    7 /20(David Cerny/Reuters)

    PaísEUA
    SegmentoDiversos
    Valor da marcaUS$ 45.480 bi
    Variação 2013-2014-3%
  • 8. 7. Samsung

    8 /20(Daniela Barbosa/EXAME.com)

    PaísCoreia do Sul
    SegmentoTecnologia
    Valor da marcaUS$ 45.462 bi
    Variação 2013-2014+15%
  • 9. 8. Toyota

    9 /20(Yuya Shino/Reuters)

    PaísJapão
    SegmentoAutomotivo
    Valor da marcaUS$ 42.392 bi
    Variação 2013-2014+20%
  • 10. 9. McDonalds

    10 /20(Kenzo Tribouillard/AFP)

    PaísEUA
    SegmentoAlimentos
    Valor da marcaUS$ 42.254 bi
    Variação 2013-2014+1%
  • 11. 10. Mercedes-Benz

    11 /20(Saulo Pereira Guimarães/EXAME.com)

    PaísAlemanha
    SegmentoAutomotivo
    Valor da marcaUS$ 34.338 bi
    Variação 2013-2014+8%
  • 12. 11. BMW

    12 /20(Michaela Rehle/Reuters)

    PaísAlemanha
    SegmentoAutomotivo
    Valor da marcaUS$ 34.214 bi
    Variação 2013-2014+7%
  • 13. 12. Intel

    13 /20(Beawiharta/Reuters)

    PaísEUA
    SegmentoTecnologia
    Valor da marcaUS$ 34.151 bi
    Variação 2013-2014-8%
  • 14. 13. Disney

    14 /20(Jean-Pierre Muller/AFP)

    PaísEUA
    SegmentoMídia
    Valor da marcaUS$ 32.223 bi
    Variação 2013-2014+14%
  • 15. 14. Cisco

    15 /20(Andrew Harrer/Bloomberg)

    PaísEUA
    SegmentoTecnologia
    Valor da marcaUS$ 30.936 bi
    Variação 2013-2014+6%
  • 16. 15. Amazon

    16 /20(Lionel Bonaventure/AFP)

    PaísEUA
    SegmentoVarejo
    Valor da marcaUS$ 29.478 bi
    Variação 2013-2014+25%
  • 17. 16. Oracle

    17 /20(Stephen Lam/Reuters)

    PaísEUA
    SegmentoTecnologia
    Valor da marcaUS$ 25.980 bi
    Variação 2013-2014+8%
  • 18. 17. HP

    18 /20(Dirk Waem/AFP)

    PaísEUA
    SegmentoTecnologia
    Valor da marcaUS$ 23.758 bi
    Variação 2013-2014-8%
  • 19. 19. Louis Vuitton

    19 /20(MAURICIO LIMA/AFP/Getty Images)

    PaísFrança
    SegmentoLuxo
    Valor da marcaUS$ 22.552 bi
    Variação 2013-2014-9%
  • 20. 20. Honda

    20 /20(Toru Hanai/Reuters)

    PaísJapão
    SegmentoAutomotivo
    Valor da marcaUS$ 21.673 bi
    Variação 2013-2014+17%
  • Acompanhe tudo sobre:AlimentaçãoComércioEmpresasEmpresas americanasEstados Unidos (EUA)estrategias-de-marketingFast foodFranquiasGeração YJovensMcDonald'sPaíses ricosRestaurantes

    Mais lidas

    exame no whatsapp

    Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

    Inscreva-se

    Mais de Marketing

    Mais na Exame