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Daspu leva para Viena a moda a serviço da luta contra a Aids

Viena - Um desfile de moda feminina e masculina realizado pela marca Daspu, criada pela ex-prostituta brasileira Gabriela Leite, denunciou nesta quarta-feira a discriminação de que são vítimas os profissionais do sexo com relação à Aids. Gabriela, prostituta "aposentada" e desde sempre engajada com os direitos dos profissionais do sexo, fundou a Daspu em 2005. […]

Desfile de moda da Daspu, criada pela ex-prostituta Gabriela Leite, denunciou a discriminação de que são vítimas os profissionais do sexo com relação à Aids

Desfile de moda da Daspu, criada pela ex-prostituta Gabriela Leite, denunciou a discriminação de que são vítimas os profissionais do sexo com relação à Aids

DR

Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2011 às 19h23.

Viena - Um desfile de moda feminina e masculina realizado pela marca Daspu, criada pela ex-prostituta brasileira Gabriela Leite, denunciou nesta quarta-feira a discriminação de que são vítimas os profissionais do sexo com relação à Aids.

Gabriela, prostituta "aposentada" e desde sempre engajada com os direitos dos profissionais do sexo, fundou a Daspu em 2005.

Durante o encontro mundial de ONGs, celebrada à margem da Conferência Internacional sobre Aids, em Viena, as modelos improvisadas - prostitutas e membros de associações - desfilaram, algumas tímidas e outras mais saidinhas, sob os aplausos do público.

As peças, como shorts, minissaias e meias arrastão, revelavam as formas.

A celebração da mulher se destacou nas estampas. Em uma camiseta masculina, o desenho mostrava uma silhueta feminina formada pela fumaça de uma xícara de café.

O incentivo ao sexo seguro apareceu nas camisinhas que saíam de corseletes, dos bolsos ou de embalagens em cor escarlate em alusão à fita simbólica da luta contra a Aids.

Para as prostitutas, "a prevenção contra a Aids é um instrumento de trabalho e é importante que os profissionais do sexo saibam usar preservativos", disse à AFP Friederike Strack, responsável pela associação Davida, que trabalha com a Daspu no Brasil.

A presença do HIV neste grupo profissional é maior do que no resto da população mundial.

A criminalização de sua atividade em muitos países e a discriminação são obstáculos importantes para o acesso dos trabalhadores do sexo a informação e tratamento.

"A visibilidade do nosso grupo é muito importante para reduzir a discriminação e a violência contra nós", explicou Camille, transexual brasileiro que trabalha na França.

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