Conselho repudia declarações de Rafinha Bastos sobre estupro
Em comunicado, órgão afirma que a liberdade de expressão tem limites
Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2011 às 10h40.
São Paulo - O Conselho Estadual da Condição Feminina manifesta, via comunicado, seu "repúdio à manifestação em forma de ‘piada’ do humorista Rafinha Bastos" por conta das seguintes declarações: "toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia"; "Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus. Isso pra você não foi um crime, e sim uma oportunidade." "Homem que fez isso [estupro] não merece cadeia, merece um abraço", publicadas na Revista Rolling Stones, na edição nº 56, de 06/052011.
Segundo o Conselho, "a liberdade de expressão, direito previsto constitucionalmente, encontra limite quando em choque com outro direito, que é o da dignidade da pessoa humana, que está acima de qualquer outro.
No caso, estamos a falar da dignidade da mulher, do direito assegurado internacional e nacionalmente de não ter sua imagem estereotipada, bem como ter o direito à escolha de com quem manter relação sexual".
Além disso, a nota diz que "a forma como a mulher foi tratada na mal-dita ‘piada’ induz e reafirma que o estupro não é crime, mas sim um favor, o que não se coaduna com um Estado de Direito Democrático e que ampara e garante os direitos fundamentais de homens e mulheres. A conduta do humorista revela-se machista e preconceituosa, de conteúdo sexista e depreciativo da figura da mulher, encorajando homens, bem como fazendo parecer que o crime de estupro, hediondo por sua natureza, não seja punível".
São Paulo - O Conselho Estadual da Condição Feminina manifesta, via comunicado, seu "repúdio à manifestação em forma de ‘piada’ do humorista Rafinha Bastos" por conta das seguintes declarações: "toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia"; "Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus. Isso pra você não foi um crime, e sim uma oportunidade." "Homem que fez isso [estupro] não merece cadeia, merece um abraço", publicadas na Revista Rolling Stones, na edição nº 56, de 06/052011.
Segundo o Conselho, "a liberdade de expressão, direito previsto constitucionalmente, encontra limite quando em choque com outro direito, que é o da dignidade da pessoa humana, que está acima de qualquer outro.
No caso, estamos a falar da dignidade da mulher, do direito assegurado internacional e nacionalmente de não ter sua imagem estereotipada, bem como ter o direito à escolha de com quem manter relação sexual".
Além disso, a nota diz que "a forma como a mulher foi tratada na mal-dita ‘piada’ induz e reafirma que o estupro não é crime, mas sim um favor, o que não se coaduna com um Estado de Direito Democrático e que ampara e garante os direitos fundamentais de homens e mulheres. A conduta do humorista revela-se machista e preconceituosa, de conteúdo sexista e depreciativo da figura da mulher, encorajando homens, bem como fazendo parecer que o crime de estupro, hediondo por sua natureza, não seja punível".