Cannes - Muitos podem se perguntar por qual motivo a Coca-Cola é a homenageada deste ano no Festival Internacional de Criatividade de Cannes? Pois bem, a marca promoveu um seminário para “matar a cobra e mostrar o pau”. No palco, dois executivos do alto escalão da empresa, Jonathan Mildenhall, VP global de publicidade e Ivan Pollard, VP de conexões globais da marca, exibiram cases clássicos da marca ao longo dos anos de Festival de Cannes. Ser grande como a Coca-Cola ao longo destes 60 anos de Cannes não foi tarefa fácil. Em 1955, a marca mostrou ao mundo como arriscar. “Foi um movimento radical para época”, disse Mildenhall. O seminário pode ser repetido numa frase dita pelos executivos: “As coisas que nos unem são maiores que aquelas que nos separam”.
Mas a empresa não parou por aí. Nas mesma toada, lançou nos anos 70 uma campanha sobre a igualdade onde pessoas de diferentes raças apareciam sentadas num banco feito para separar negros e brancos.
Já nos anos 70, logo após conflitos sobre diferenças sociais ocorrerem nos Estados Unidos, a marca investiu pesado e lançou a histórica e premiada campanha sobre dividir uma Coca com o mundo. É o anúncio favorito de todos os tempos na opinião de Mildenhall.
Na mesma época, a marca mostrou um famoso jogador de futebol americano num corredor oferecendo uma Coca a um garoto branco. Naquele tempo, a discussão sobre a união das pessoas, independentemente da cor de sua pele, estava em plena discussão nos EUA. O anúncio teve versões diferentes em diversos países, inclusive no Brasil.
Mas não é só sobre igualdade de raças. A Coca também decidiu, em 1994, dizer que o sexo era uma coisa boa tanto para homens quanto para mulheres e que elas também tinham desejos.
E se o GTA fosse um jogo para promover o bem? Pois é, a Coca-Cola pensou nisso e criou um anúncio que mostra o protagonista do game fazendo coisas boas depois de um gole da bebida.
E o Brasil também esteve na seleção. O patrocínio da Coca para o projeto de reciclagem de Tião figurou na lista dos trabalhos mais relevantes da marca nestes 60 anos.
8. There are A Billion Reasons to Believe in Africazoom_out_map
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E quem não lembra da campanha “Razões Para Acreditar”? Durante o seminário, a versão africana do comercial foi exibida.
Outra ação que recebeu aplausos da plateia do Palais foi a Small World Machine. Ou seja, a Coca-Cola fez uma vending machine para juntar o Paquistão e a Índia, inimigos históricos.
Rebeca Andrade, maior medalhista do Brasil, também faz parte do comercial, que será divulgado durante o intervalo do Jornal Nacional nesta quinta-feira