CBF proíbe venda da camisa da Seleção "de esquerda"
Designer recebeu notificação judicial da CBF, que não quer seu logo usado
Guilherme Dearo
Publicado em 16 de abril de 2018 às 16h15.
Última atualização em 17 de abril de 2018 às 11h22.
São Paulo - Na semana passada, uma versão alternativa da camisa da Seleção Brasileira fez sucesso nas redes sociais. A criação de uma designer de Uberlândia trazia a camisa vermelha, com o logo da CBF e ainda o símbolo da foice e do martelo.
A ideia era promover uma versão alternativa às pessoas de esquerda, que queriam torcer durante a Copa, mas não vestir a camisa verde e amarela - que acabou virando símbolo das manifestações da direita desde 2014.
Muitos fãs pediram que a designer Luísa Cardoso colocasse a camisa à venda. Ela chegou à pensar no plano e anunciar preços. Contudo, a Confederação Brasileira de Futebol não gostou nada da ideia, já que seu logo, protegido por direitos de marca, está presente na camiseta.
Por meio de notificação extra judicial, a CBF disse a Cardoso que ela não poderia comercializar a camisa e que deveria retirar suas imagens das redes sociais. Também pediram que assinasse termo se comprometendo a não vender sua criação.
Segundo a designer disse ao blog Na Vitrine, do UOL, ela acatou o pedido da CBF e explicou que não tinha começado a produzir a camisa (que tinha começado apenas como uma piada). Sabendo do uso exclusivo do brasão da Seleção, estava esperando um contato da CBF.
A ideia dela é criar uma nova versão da camisa vermelha para venda, mas sem usar o brasão oficial da Seleção e não mencionar a CBF.