Campanha coloca agressor racista e vítima cara a cara
Vídeo "Espelhos do Racismo" traz ação que expõe mensagens de agressores racistas
Guilherme Dearo
Publicado em 23 de junho de 2016 às 12h58.
São Paulo - Na proteção de suas casas, atrás de seus computadores e protegidas pelo anonimato, muitas pessoas acabam revelando seus pensamentos racistas e seus discursos de ódio.
Foi o que aconteceu, por exemplo, em julho de 2015, quando a jornalista Maju Coutinho, do Jornal Nacional, foi vítima de centenas de mensagens racistas.
Em outra ocasião, foi a vez da atriz Taís Araújo ser xingada por racistas na redes sociais.
O caso chocou muitos brasileiros e deixou mais do que óbvio que aquele famoso discurso de "o Brasil não é um país racista" é exatamente isso: não passa de um discurso.
Depois do caso de Maju, a ONG Criola e a agência W3haus criaram a campanha "Espelhos do Racismo".
Na ação, outdoors com as mensagens reais dos agressores foram espalhados nas regiões onde eles moravam.
A ideia não era expor a identidade da pessoa, mesmo porque o nome dela não aparecia e a foto era totalmente borrada.
A intenção, sim, era levar o "racismo virtual" para o mundo real, mostrar que ele tem consequências na vida real.
Fora de "contexto" e longe da rede social, a mensagem, tão crua e terrível, ganha contornos ainda mais assustadores.
A repercussão do ação foi grande e rendeu prêmios internacionais da área, como o D&AD, o The Webby Awards e o Cannes Lions .
Junto com os prêmios, veio a grande repercussão na mídia internacional.
Agora, a ONG e a W3haus lançaram um pequeno documentário onde mostram como foi feita a ação e qual foi seu resultado.
O vídeo conta com depoimentos fortes de várias pessoas, que contam suas histórias de quando foram vítimas de pessoas racistas.
Mas o ponto alto é no final, quando um dos agressores racistas, cuja mensagem tinha ido parar em um outdoor, aparece.
Ele, que decidiu falar por conta própria, fica frente a frente com uma mulher negra para pedir desculpas.
Assista:
https://player.vimeo.com/video/171799535
Documentário Espelhos do Racismo. W3haus para ONG Criola from W3haus on Vimeo.
São Paulo - Na proteção de suas casas, atrás de seus computadores e protegidas pelo anonimato, muitas pessoas acabam revelando seus pensamentos racistas e seus discursos de ódio.
Foi o que aconteceu, por exemplo, em julho de 2015, quando a jornalista Maju Coutinho, do Jornal Nacional, foi vítima de centenas de mensagens racistas.
Em outra ocasião, foi a vez da atriz Taís Araújo ser xingada por racistas na redes sociais.
O caso chocou muitos brasileiros e deixou mais do que óbvio que aquele famoso discurso de "o Brasil não é um país racista" é exatamente isso: não passa de um discurso.
Depois do caso de Maju, a ONG Criola e a agência W3haus criaram a campanha "Espelhos do Racismo".
Na ação, outdoors com as mensagens reais dos agressores foram espalhados nas regiões onde eles moravam.
A ideia não era expor a identidade da pessoa, mesmo porque o nome dela não aparecia e a foto era totalmente borrada.
A intenção, sim, era levar o "racismo virtual" para o mundo real, mostrar que ele tem consequências na vida real.
Fora de "contexto" e longe da rede social, a mensagem, tão crua e terrível, ganha contornos ainda mais assustadores.
A repercussão do ação foi grande e rendeu prêmios internacionais da área, como o D&AD, o The Webby Awards e o Cannes Lions .
Junto com os prêmios, veio a grande repercussão na mídia internacional.
Agora, a ONG e a W3haus lançaram um pequeno documentário onde mostram como foi feita a ação e qual foi seu resultado.
O vídeo conta com depoimentos fortes de várias pessoas, que contam suas histórias de quando foram vítimas de pessoas racistas.
Mas o ponto alto é no final, quando um dos agressores racistas, cuja mensagem tinha ido parar em um outdoor, aparece.
Ele, que decidiu falar por conta própria, fica frente a frente com uma mulher negra para pedir desculpas.
Assista:
https://player.vimeo.com/video/171799535
Documentário Espelhos do Racismo. W3haus para ONG Criola from W3haus on Vimeo.