Os patrocinadores continuam despejando mais dinheiro nos principais times do futebol europeu para terem suas marcas na parte frontal das camisas.

Novos dados revelam que o valor dos patrocínios nas camisas deu um salto de 24 por cento em um ano nas seis principais ligas do continente: a Premier League, da Inglaterra, a Bundesliga, da Alemanha, a Primera División, da Espanha, a Ligue 1, da França, a Série A, da Itália, e a Eredivisie, dos Países Baixos.

Dito isto, segundo pesquisadores de marketing esportivo da Repucom, os patrocinadores pagaram 687 milhões de euros (US$ 778 milhões) em acordos de patrocínio para camisas nesta temporada, mais do que os 522 milhões de euros da temporada passada.

Nos últimos 10 anos, a receita com camisas mais do que duplicou para as ligas. A Premier League inglesa lidera o grupo com 213 milhões de euros em patrocínios de camisa, 36 por cento a mais do que no ano passado.

A Espanha, que está em terceiro lugar, atrás da Alemanha, cresceu 30 por cento.

Um pequeno grupo de clubes está provocando a rápida expansão da Espanha e da Inglaterra.

No ano passado, por exemplo, o Manchester United assinou um contrato de US$ 559 milhões e sete anos de duração com a General Motors para colocar a Chevrolet em suas camisas.

O negócio recorde ajudou o Manchester United a ficar mais próximo do Real Madrid, da Espanha, no ranking anual dos clubes de futebol mais ricos elaborado pela Deloitte.

O Real Madrid obtém um total divulgado de 30 milhões de euros por ano de sua patrocinadora de camisa, a empresa aérea Emirates. Os dois gigantes demonstram, simplesmente, como o futebol europeu se tornou supercapitalizado.

Os times vencedores ficam ricos e -- na maior parte do tempo -- conseguem mais vitórias e ficam ainda mais ricos.

A pedido da Bloomberg, a Repucom forneceu dados a respeito de como as receitas com patrocínios de camisa são distribuídas nas ligas inglesa e espanhola.

Dos 20 times da Premier League inglesa, os cinco principais nas atuais classificações respondem por cerca de 60 por cento da receita global com camisa. Os 10 times do final da lista recebem apenas 16 por cento.

O desequilíbrio nos patrocínios na Espanha é ainda pior: dos 20 clubes da primeira divisão, os cinco primeiros da tabela atual respondem por 84 por cento da receita com camisa.

A metade de baixo da lista recebe apenas 8 por cento.