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Banco do Brasil ameaça tirar patrocínio do vôlei

O banco emitiu um duro comunicado contra a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) nesta segunda-feira

Banco do Brasil: BB exige que CBV se explique sobre denúncias e condiciona a continuidade do patrocínio à imediata adoção de medidas corretivas (Fernando Lemos/VEJA Rio)
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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2014 às 17h13.

São Paulo - O Banco do Brasil , patrocinador do vôlei brasileiro há 23 anos, e que tem sua marca fortemente associada à modalidade, emitiu um duro comunicado contra a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) nesta segunda-feira.

No texto, exige que a entidade se explique sobre as denúncias que causaram a renúncia do presidente Ary Graça e condiciona a continuidade do patrocínio - de R$ 24 milhões anuais - à imediata adoção de medidas corretivas.

"O Banco do Brasil não irá compactuar com qualquer prática ilegal, ou que seja prejudicial ao esporte, eventualmente cometida pelas entidades com quem mantém contratos de patrocínio. O Banco condiciona a manutenção do apoio ao vôlei ao pronto esclarecimento dos fatos denunciados e à imediata adoção de medidas corretivas", diz o texto divulgado à imprensa.

De acordo com reportagens da ESPN Brasil, a SMP Logística e Serviços Ltda, empresa pertencente a Marcos Pina, ex-CEO da CBV, receberia R$ 10 milhões a título de "remuneração relativa aos contratos de patrocínios firmados entre a CBV e o Banco do Brasil" no período de cinco anos, de abril de 2012 a abril de 2017.

O pagamento, previsto para acontecer em 60 parcelas, começou no segundo semestre de 2012. O Banco do Brasil, no entanto, esclareceu na ocasião, "que o contrato de patrocínio às seleções de vôlei foi firmado diretamente com a CBV". Pina colocou o seu cargo à disposição no mesmo dia da publicação da reportagem, atendendo a pedido da presidência da CBV.

Depois, a ESPN Brasil divulgou outra denúncia, segundo a qual o mesmo patrocínio do BB rendia outra comissão de R$ 10 milhões. Esse dinheiro beneficiaria a "S4G Gestão de Negócios", que pertence a Fábio André Dias Azevedo, que é hoje diretor geral da Federação Internacional de Vôlei (FIVB). Antes de ser levado à entidade maior do vôlei mundial, em cargo imediatamente abaixo do ocupado pelo próprio Graça, Azevedo era superintendente da CBV.


"O Banco do Brasil já solicitou esclarecimentos à CBV imediatamente após a divulgação dos primeiros fatos e aguarda as respostas da entidade para avaliar os desdobramentos relativos ao contrato de patrocínio", apontou o banco, nesta segunda-feira.

A denúncias causaram a renúncia de Ary Graça, que presidia a CBV desde 1995, mas estava licenciado do cargo desde que se tornou presidente da FIVB, em dezembro de 2012. Sua saída confirmou a efetivação de Walter Pitombo Laranjeiras, o Toroca, que vinha ocupando a posição de "presidente em exercício".

A renúncia de Ary Graça foi confirmada durante a Assembleia Geral Ordinária da CBV, realizada em João Pessoa (PB), na sexta-feira passada. Segundo a entidade, ele teria anunciado sua saída em carta enviada em dezembro do ano passado. No entanto, a carta só teria sido referendada durante a Assembleia que reuniu 26 dos 27 presidentes das federações estaduais.

"Apesar de não ter responsabilidade legal ou contratual para fiscalizar a aplicação dos recursos do patrocínio, o Banco do Brasil entende que é necessário a CBV adotar novas práticas de gestão que tragam mais transparência para a aplicação dos recursos e, por exemplo, vedem a contratação de empresas que eventualmente tenham como sócios dirigentes da Confederação", reclama o Banco do Brasil.

No sábado, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, determinou que a Secretaria Federal de Controle Interno inicie a análise e investigação das denúncias contra a CBV.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, porém, evitou criticar a CBV. "A confederação era tida como paradigma de modelo de administração desde 1992, quando começou sua trajetória de sucesso com a conquista do ouro na Olimpíada de Barcelona. Agora, surgem denúncias de irregularidades. Quando isso acontece, é preciso não se precipitar em julgamentos e esperar que tudo seja devidamente esclarecido, principalmente no caso do Banco do Brasil", disse na sexta-feira.

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São Paulo - O Banco do Brasil , patrocinador do vôlei brasileiro há 23 anos, e que tem sua marca fortemente associada à modalidade, emitiu um duro comunicado contra a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) nesta segunda-feira.

No texto, exige que a entidade se explique sobre as denúncias que causaram a renúncia do presidente Ary Graça e condiciona a continuidade do patrocínio - de R$ 24 milhões anuais - à imediata adoção de medidas corretivas.

"O Banco do Brasil não irá compactuar com qualquer prática ilegal, ou que seja prejudicial ao esporte, eventualmente cometida pelas entidades com quem mantém contratos de patrocínio. O Banco condiciona a manutenção do apoio ao vôlei ao pronto esclarecimento dos fatos denunciados e à imediata adoção de medidas corretivas", diz o texto divulgado à imprensa.

De acordo com reportagens da ESPN Brasil, a SMP Logística e Serviços Ltda, empresa pertencente a Marcos Pina, ex-CEO da CBV, receberia R$ 10 milhões a título de "remuneração relativa aos contratos de patrocínios firmados entre a CBV e o Banco do Brasil" no período de cinco anos, de abril de 2012 a abril de 2017.

O pagamento, previsto para acontecer em 60 parcelas, começou no segundo semestre de 2012. O Banco do Brasil, no entanto, esclareceu na ocasião, "que o contrato de patrocínio às seleções de vôlei foi firmado diretamente com a CBV". Pina colocou o seu cargo à disposição no mesmo dia da publicação da reportagem, atendendo a pedido da presidência da CBV.

Depois, a ESPN Brasil divulgou outra denúncia, segundo a qual o mesmo patrocínio do BB rendia outra comissão de R$ 10 milhões. Esse dinheiro beneficiaria a "S4G Gestão de Negócios", que pertence a Fábio André Dias Azevedo, que é hoje diretor geral da Federação Internacional de Vôlei (FIVB). Antes de ser levado à entidade maior do vôlei mundial, em cargo imediatamente abaixo do ocupado pelo próprio Graça, Azevedo era superintendente da CBV.


"O Banco do Brasil já solicitou esclarecimentos à CBV imediatamente após a divulgação dos primeiros fatos e aguarda as respostas da entidade para avaliar os desdobramentos relativos ao contrato de patrocínio", apontou o banco, nesta segunda-feira.

A denúncias causaram a renúncia de Ary Graça, que presidia a CBV desde 1995, mas estava licenciado do cargo desde que se tornou presidente da FIVB, em dezembro de 2012. Sua saída confirmou a efetivação de Walter Pitombo Laranjeiras, o Toroca, que vinha ocupando a posição de "presidente em exercício".

A renúncia de Ary Graça foi confirmada durante a Assembleia Geral Ordinária da CBV, realizada em João Pessoa (PB), na sexta-feira passada. Segundo a entidade, ele teria anunciado sua saída em carta enviada em dezembro do ano passado. No entanto, a carta só teria sido referendada durante a Assembleia que reuniu 26 dos 27 presidentes das federações estaduais.

"Apesar de não ter responsabilidade legal ou contratual para fiscalizar a aplicação dos recursos do patrocínio, o Banco do Brasil entende que é necessário a CBV adotar novas práticas de gestão que tragam mais transparência para a aplicação dos recursos e, por exemplo, vedem a contratação de empresas que eventualmente tenham como sócios dirigentes da Confederação", reclama o Banco do Brasil.

No sábado, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, determinou que a Secretaria Federal de Controle Interno inicie a análise e investigação das denúncias contra a CBV.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, porém, evitou criticar a CBV. "A confederação era tida como paradigma de modelo de administração desde 1992, quando começou sua trajetória de sucesso com a conquista do ouro na Olimpíada de Barcelona. Agora, surgem denúncias de irregularidades. Quando isso acontece, é preciso não se precipitar em julgamentos e esperar que tudo seja devidamente esclarecido, principalmente no caso do Banco do Brasil", disse na sexta-feira.

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