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Após a pandemia, consumidor deve dar mais valor a experiências

Segundo economista, restrições físicas e financeiras na quarentena devem alterar o comportamento em relação a compras

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Vinho branco: Pela Serra Gaúcha, o país deveria produzir e, consequentemente, consumir muito mais brancos (Klaus Vedfelt/Getty Images)

Vinho branco: Pela Serra Gaúcha, o país deveria produzir e, consequentemente, consumir muito mais brancos (Klaus Vedfelt/Getty Images)

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Murilo Bomfim

Publicado em 30 de abril de 2020 às, 13h12.

Última atualização em 10 de junho de 2020 às, 17h38.

Vinho branco

Degustação de vinhos: após a pandemia, experiências podem ser mais valorizadas que produtos (Klaus Vedfelt/Getty Images)

A pandemia da covid-19 mexeu com o bolso e com a possibilidade de circulação de grande parte das pessoas no Brasil e no mundo. Em meio a incertezas sobre a duração da quarentena, a primeira ação do consumidor é cortar gastos – mas, mesmo após a crise, o comportamento pode mudar.

Um levantamento do aplicativo de finanças pessoais Olivia, obtido pela EXAME com exclusividade, mostra que entre fevereiro e março houve queda na renda e redução nos gastos fixos e essenciais, mas um aumento no valor economizado por usuário.

“Já imaginávamos uma queda nos gastos com comida fora de casa e um aumento das despesas de supermercado”, diz a economista comportamental da startup Luciana Pavan. “É interessante, no entanto, ver que os dias são os mesmos e as pessoas seguem se alimentando, mas descobrem que a economia pode ser muito maior.”

Para Pavan, a quarentena temporária pode trazer efeitos duradouros no modo de consumo das pessoas, já que a mudança de hábitos no isolamento social permite repensar a importância dos gastos. “Tanto faz se você comprou o tênis de mil reais ou o de 200 reais: você está em casa do mesmo jeito”, diz. “Acredito que o consumidor vai passar a repensar para onde vai o dinheiro e se a destinação faz sentido para ele.”

Nesse contexto, Pavan aposta em um foco maior em experiências, a exemplo de uma pesquisa relatada no livro “O jeito Harvard de ser feliz”, de Shawn Achor, publicado pela primeira vez em 2010. O estudo mostra que pessoas que gastaram dinheiro com experiência se sentiram mais felizes do que aquelas que gastaram com bens materiais.

“Gastar de forma menos impulsiva, com coisas mais úteis e com planejamento vai ser uma das grandes lições da pandemia na área do consumo”, diz. Segundo ela, tais experiências podem incluir desde cursos e mais visitas a museus até eventos de degustação de vinhos, por exemplo.

Viagens internacionais devem ser substituídas pelos destinos domésticos. “Quem viaja muito tem parcelas de passagens aéreas na fatura o ano todo. Quando estes valores sumirem, o consumidor deve perceber que o peso das viagens no cartão de crédito”, aponta. “Isso deve impulsionar escapadas mais curtas, pelo Brasil, em destinos que podem ser visitados de carro ou ônibus.”

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